terça-feira, 20 de outubro de 2009

Grêmio derrota o Coritiba e chega a 35 jogos de invencibilidade no Olímpico

No Olímpico, quem manda é o Grêmio. Neste domingo, o Tricolor teve uma partida muito complicada dentro de casa, mas conseguiu fazer 2 a 0 e vencer o Coritiba, pela 30ª rodada do Brasileirão de 2009. O time chegou aos 35 jogos de invencibilidade em seus domínios. A última vez que foi derrotado foi no campeonato do ano passado, para o Goiás.


Agora, o time treinado pelo técnico Paulo Autuori chegou aos 44 pontos e está a cinco do G-4. O colombiano Perea e o meia Souza marcaram os gols do Grêmio, que enfrenta na próxima rodada o Inter, no Beira-Rio. Tcheco e Maxi López receberam o terceiro cartão amarelo e desfalcam a equipe.


Ofensivo, Coritiba surpreende o Grêmio
A postura ofensiva do Coritiba deixou o Grêmio confuso no começo da partida. Ney Franco adotou um esquema com três atacantes e os paranaenses marcavam sob pressão a saída de jogo do time da casa.


Melhor na partida, os visitantes criaram três chances vivas para marcar antes dos 15 minutos de jogo. Muito aplaudido pela torcida gremista, Marcelinho Paraíba mostrou que se sente em casa no Estádio Olímpico. Em dois lances, obrigou Victor a mostrar porque é um dos goleiros preferidos do técnico da Seleção Brasileira.


A falta de articulação no meio-campo não permitia que o Grêmio chegasse com perigo ao gol de Édson Bastos. A situação só melhorou, curiosamente, depois de um lance que tirou dois importantes titulares da equipe para o clássico Gre-Nal do próximo domingo.


Maxi López correu para marcar uma saída de bola do Coritiba, chutou a bola, mas o árbitro catarinense Celio Amorim marcou a falta e ainda mostrou o terceiro amarelo ao argentino. Indignado, o atacante reclamou muito e por pouco não foi expulso. No embalo, Tcheco gritou com o juiz e também recebeu o terceiro cartão, que igualmente o tira do clássico.


A revolta dos jogadores pela advertência tomou conta do time, que passou a mostrar mais disposição em busca do resultado. O Grêmio partiu para cima, mas quase levou um gol no contragolpe. Victor dividiu com Marcos Aurélio e Réver salvou praticamente em cima da linha.
O lance mais bonito do duelo estava reservado para os acréscimos do primeiro tempo.

Rochemback fez um lançamento perfeito para Perea, pela esquerda de ataque do Grêmio. O colombiano dominou, pedalou para cima do adversário, deixou o marcador para trás e soltou um foguete de canhota. Édson Bastos ainda conseguiu tocar na bola, mas não impediu que as redes do Coritiba estufassem: 1 a 0.


Jogo segue perigoso
O segundo tempo começou muito equilibrado, mas, logo aos oito minutos, o Coritiba teve um jogador expulso. Renatinho brecou com violência uma jogada de Lúcio e foi para a rua. O confronto parecia que ia ficar mais fácil para o Tricolor. Mas não foi bem asssim.


Vaiado pela torcida, principalmente após levar o cartão amarelo que o tira do Gre-Nal, Tcheco foi substituído por Renato aos 14 minutos e a situação não melhorou nem um pouquinho para o Grêmio.


Apesar de ter um jogador a menos, o Coritiba empilhou situações para marcar no segundo tempo. O bombardeio vinha de tudo quanto era jeito. Pelo alto, de perna esquerda, de direita. Todos os chutes paravam nas mãos de Victor, que mais uma vez foi o grande responsável pela manutenção da invencibilidade de mais de 400 dias do Grêmio no Estádio Olímpico.
Como o Coritiba não fez, acabou levando. Depois que Renato perdeu uma chance incrível ao receber dentro da área e chutar no poste, Souza apareceu no meio e completou um cruzamento de Maxi López: 2 a 0.


Depois de mais uma vitória dentro de casa, o Grêmio só pensa no Gre-nal, que será disputado no Beira-Rio. Sem Maxi e Tcheco, que receberam o terceiro cartão amarelo e desfalcam o time no clássico, a equipe vai lutar contra sua maior fragilidade nesta temporada: suportar a pressão de atuar fora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Presidente da Grêmio Empreendimentos garante cumprimento do cronograma da Arena

Na noite de terça-feira, em entrevista para a rádio Gaúcha, Adalberto Preis, presidente da Grêmio Empreendimentos, deu um panorama geral sobre a construção do novo estádio tricolor no bairro Humaitá, na Zona Norte de Porto Alegre.“Por enquanto foram colocados apenas tapumes brancos como tomada simbólica do terreno. Logo os tapumes serão pintados e tomarão uma forma artística identificando a Arena. Uma grande bandeira do Grêmio será colocada e tremulará em grande altura para indicar o local exato àqueles que seguem pela freeway”, antecipou Preis. Sobre o efetivo início das obras, Preis confirmou que existem alguns detalhes ainda.

“Após o final do ano letivo, a escola que habita o terreno será transferida para outro local, assim como o CTG que lá existe. Existe um cronograma entre Grêmio, OAS e Prefeitura e este cronograma está sendo cumprido à risca. Nosso objetivo é levar à cabo este projeto até maio de 2010. Não se trata apenas d projeto Arena e sim todo o projeto que engloba não só a obra no bairro Humaitá como também na Azenha”, explicou. Adalberto Preis falou também sobre alguns eventos que ocorrerão após a tapumação.

“Estamos com o site do Arena pronto em seu layout e deveremos apresentar em breve. Trata-se de um site informativo onde o gremista poderá conhecer todo o projeto e acompanhar o desenvolvimento. O projeto recebeu algumas modificações em sua apresentação e estamos esperando para colocar já o layout novo à disposição dos visitantes”, finalizou.

Uma nova reunião com a OAS deverá ocorrer na próxima semana para tratar o assunto.

Teu dinheiro vai reformar o Beira-Rio

É isso mesmo!

O ilustre deputado Beto Albuquerque (PSB/RS) quer usar o meu e o teu dinheiro pra reformar 3 estádios brasileiros: Morumbi, Arena da Baixada e Beira-Rio. Só esses três.
No Projeto de Lei 5.310 ele propõe que os clubes que liberarem seus estádios particulares para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, podem compensar o que gastarem remendando os mesmos quitando débitos de impostos que deveriam ter pago.

No caso dos coirmãos, há uma dívida de R$109 milhões que sumiria do mapa. Parece piada, mas não é. Mal comparando, é como se tu resolvesse reformar a tua casa e, em função disso, não precisasse pagar impostos até igualar as contas da despesa feita com o imposto devido. O teu único ônus seria emprestar uma ou duas vezes a sala pra um jantar.

E o que podemos fazer?
Entrar no endereço da Câmara dos Deputados indicado abaixo ou clique nesse [link].
http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado

Uma vez na página, siga os seguintes passos:
Na primeira caixa, marque “Reclamar”;
Na segunda, em “Nome do Deputado”, escolha o que você votou ou vá até o final da lista e selecione “TODOS”;
Na caixa “Remetente”, preencha com seus dados pessoais;
Em “Seu comentário”, proteste contra a iniciativa
A íntegra da proposta está nesse arquivo .doc [link]

Fonte: blog Imortal Tricolor

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A praga do “Vesgo”

Por Cristiano Zanella

Recordar é viver! E o povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la! Esta semana um amigo (diga-se de passagem, baita gremista) enviou-me uma mensagem de e-mail que tinha como assunto “Grandes títulos, só em dez anos”, e trazia anexada uma imagem da contracapa do jornal Correio do Povo, do dia 02 de março de 2005. Nela, Mário Sérgio – o “Vesgo” –, então coordenador técnico do Grêmio, previa que o tricolor iria amargar uma década de insucessos até que um título importante fosse conquistado. “Grandes títulos só dentro de dez anos”, preconizava o “Vesgo”, grande jogador, comentarista esportivo experiente, empresário e técnico de futebol. Direta, sincera, nua e crua, a frase de Mário repercutia mal entre os dirigentes tricolores, que prontamente trataram de desmenti-la e descontextualizá-la, numa clara demonstração de – no mínimo – falta de autocrítica.

A comparação era inevitável: recuei mais alguns anos no tempo, especificamente ao ano de 2001, e lembrei da frase do então coordenador técnico do co-irmão ribeirinho, João Paulo Medina, ao traçar um diagnóstico do Inter da época. Segundo Medina, o clube levaria entre quatro e seis anos para tornar-se auto-sustentável, prazo no qual seu trabalho começaria a “dar frutos” (títulos). Para quem estava há mais de duas décadas “na seca”, é até normal... mas a frase estremeceu os alicerces coloridos, causou enorme polêmica às margens do Guaíba e culminou com a demissão do professor Medina. O ano era 2001, o Grêmio Tetra Campeão da Copa do Brasil, com o pastor Adenor no comando – o mundo é mesmo uma grande piada! Quase dez anos atrás... é tempo pra burro!

Pois a avaliação de Medina foi exata, não é preciso lembrar-lhes o porquê. Duas frases, dois profissionais sérios, dois clubes em processo de reformulação, e a mesma avaliação: é preciso organizar-se primeiramente como instituição, e depois como equipe de futebol. Talvez (e é muito provável que) a gestão de Duda Kroeff, no Grêmio, repita a gestão de Fernando Miranda, no Inter – sem títulos expressivos, mas deixando a casa em ordem, para então partir para algo mais do que meros Gauchões (pra quem está desde os tempos do Tite “na seca”, é o que tem)!
Esta semana, o “Vesgo” – que é vesgo, mas não é bobo (olha pra um lado e lança a bola pelo outro) – desembarcou no Salgado Filho com o mesmo discurso de 2005, quando esteve no Grêmio: a identificação com o clube, os grandes títulos conquistados, a visão pragmática e objetiva, solicitando apoio à torcida, exigindo motivação aos atletas! Desta vez (ainda) não arriscou um prognóstico para a próxima década (até porque, não costuma ficar mais de meia temporada pelos clubes onde tem passado)!

Mário Sérgio Pontes de Paiva, Campeão do Mundo, rogo-te uma praga: para cada “dez anos do Grêmio sem grandes títulos”, ficarás vinte sem ganhar nada, e tua sina como treinador será a derrota até o fim dos teus dias – e, por fim, a Tríplice Coroa Centenária estará resumida ao Carnaval de Porto Alegre, ao Gauchão e a Suruga Cup (e, por hora... é o que tem)!
Futebol é momento, e de uma hora pra outra tudo pode mudar! Torço para que a praga do “Vesgo” não se concretize, mas, caso ele venha a acertar sua previsão de 2005, (ufa!) quase cinco anos já se passaram! E, pensando bem, se for preciso mais vinte, trinta, quarenta ou mesmo cem anos para um título de expressão, não importa – maior ainda será o meu gremismo! Jamais nos matarão! Assim foi, assim será, e não adianta... Afinal de contas, é Grêmio sempre!!!

Terreno da Arena do Grêmio já está demarcado

Ainda não é um canteiro de obras. Mas já há funcionários trabalhando no terreno, modificando aos poucos a paisagem do bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre, onde será a nova Arena do Grêmio. Funcionários estão colocando tapumes brancos na fachada da Escola Técnica Santo Inácio e delimitando toda a área.


– A colocação dos tapumes indica a efetiva tomada de posse da área, que é um marco importantíssimo. Também está demarcada toda a área de terras, no entorno do terreno, para a colocação dos tapumes. E há um trecho bem grande com os tapumes colocados. Por enquanto são brancos. Depois eles receberão um trabalho de visualização mais "amigável", digamos assim – disse o presidente da Grêmio Empreendimentos, Adalberto Preis.



Num segundo momento, a OAS, empresa que fará a construção, vai decidir em conjunto com o Grêmio que tipo de comunicação visual será colocada nessas proteções



– Temos um grupo de trabalho que está em contato com a área de marketing e comunicação da OAS para definir o que será feito na área enquanto isso. Vamos montar um stand do Espaço Arena, assim como teremos um também no Olímpico. As obras já estão andando e com bastante velocidade. E as pessoas já podem ver algo de concreto – avaliou.



Dentro da área, equipes realizam coleta de água dos lençóis freáticos para análise. As árvores que estão dentro do terreno estão sendo marcadas e numeradas para definir quais as que não sofrerão cortes. Adalberto Preis, no entanto, alerta que a construção efetiva no local só terá início após liberação da prefeitura. A OAS e o Grêmio aguardam pelas licenças do município, o que deve ocorrer até maio de 2010.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Grêmio lança marca "Imortal Tricolor"


O Grêmio está lançando a marca Imortal Tricolor. Será uma linha diferenciada e de conceito arrojado, contemporâneo.

O projeto foi aprovado pelo vice-presidente Cesar Pacheco. A iniciativa contou com o goleiro Victor, como elemento de identidade para incremento da campanha. "Ele será o ícone da marca", afirma Veronezi, responsável pelo licenciamento da marca Grêmio.


Através de um trabalho sólido, o Grêmio vem crescendo constantemente na área de licenciamento, sendo hoje o segundo clube no Brasil em faturamento neste setor, segundo matéria da revista Lance. O primeiro é o São Paulo FC.

Mais fotos do Projeto Arena























Papel de parede - mês de outubro


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nosso sangue é azul





Sem perder o espírito!

Por Felipe Sandrin

Não trata-se mais de acreditar em título ou mesmo numa vaga para a Libertadores, mas sim em acreditar no equilíbrio, nunca alcançado dentro do campeonato. O clube de melhor campanha em seus domínios padece sobre oscilações e inconstância quando joga fora.

O campeonato está longe de terminar, mas as esperanças se esgotam ante a pergunta sem resposta: por que jogamos tão mal longe do Olímpico? De onde vem esta diferença tão brutal de futebol?Seria mais fácil de entender se jogássemos mal, seria simples pensar que vencemos não convencendo, mas isso não acontece: em casa somos, ousados, fortes incansáveis; o time atira-se de tal forma que não existe medo de derrota e assim a vitória surge com naturalidade, sem obrigação, apenas por determinação.

Coantra o Goiás, mal chagávamos ao ataque, e mesmo assim foi uma das partidas fora de casa na qual mais atacamos. Como pode o time se esconder tanto? Por que a bola fica tão pouco conosco sendo que temos jogadores experientes e habilidosos?

Nosso grande problema tornou-se a passividade. Jogando fora, nosso pensamento fica em contra-ataques, em um único ataque que mude o jogo, um gol que nos tranque na defesa. Mas porque não fazemos como no Olímpico? Por que não marcar a saída de bola, atacar, atacar e atacar? Qual o risco de sermos ousados? Perdermos? Mas é isso que vem acontecendo desde o início, então não existem mais riscos, apenas novas buscas.

Autuori é tático, estuda, analisa e busca aperfeiçoar posições, mas hoje nossos grandes problemas não são individuais, mas sim de grupo. Enquanto uns entram voando, outros então no marasmo do “empate é bom”, e nesse ritmo o grupo fica sem forças para reagir, tomamos gols e o time pensa que ai está mais uma derrota.

O time precisa produzir. Contra o Sport, faremos isso; mas e contra Atlético e Corinthians? Dois jogos fora de casa, dois jogos de fundamental importância, que botariam o clube novamente na briga pelo equilíbrio que sagrará o campeão.

O time precisa produzir, atacar, atacar e atacar, moer o Sport desde o início, mas o mais importante é assim que o jogo acabar tentar não esquecer a forma com que jogamos, a forma como fomos ousados, porque se conseguirmos ser isso nas partidas longe temos muito mais chance de vencer do que ficando atrás como um time medíocre.

Temos jogadores bons, que desequilibram, temos até o artilheiro do campeonato, melhor então manter a bola lá na frente, não é mesmo? Nossa defesa é muito boa, mas defesas estão ai mais para afastar perigos do que cadenciar jogo ou decidir em jogada individual.

Precisamos de vitórias, de ousadia, precisamos entender que não há mais nada a perder e ser corajoso significa correr riscos.

Se é pra perder, que percamos lutando e atacando, porque dessa forma perdemos apenas o jogo e não nosso espírito. Perdendo o jogo, ainda teremos o próximo, mas perdendo o espírito, só o que nos sobra é a morte lenta e o adeus frustrado de quem pouco fez e nada mereceu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Exército Gremista


Vamo lá torcida gremista de Santa Rosa.


Todos sabem que na nossa cidade tem muito mais de 70% da população tricolor, mas cadastrados no Exército Gremista so temos 350 membros vamos lá torcida tricolor o Consulado Sangue Azul conta com a colaboração de vocês.



Posição de 01/10/2009 Alistados: 98.558

Projeção de alistados em 31/10/2009: 222.000O

100.000 será alcançado nesta sexta-feira.


Adendo do seu Algoz

Sugestão ao marketing do Grêmio: aquelas cidades que obtivessem, percentualmente, o maior número de alistados no Exército, teriam direito a promover um jantar com a presença de dois ou 3 jogadores.


Inspiração europeia

Por Silvio Pilau

O futebol europeu me deixa mal-acostumado. É sempre a mesma coisa. Basta começar a temporada no Velho Mundo que me dou conta de como a bola jogada aqui no Brasil é fraca. Não que nossos jogadores sejam ruins, mas os melhores jogam na Europa. Este ano, ainda temos um Adriano, um Ronaldo, um Fred, um Gilberto, que acrescentam qualidade ao nosso Brasileirão. Mas o fato é inegável: comparado ao que é apresentado em gramados, principalmente, da Espanha, da Itália e da Inglaterra, o que se vê aqui chega a ser vergonhoso.

Com exceção da última partida pela Liga dos Campeões, assisti aos três jogos anteriores do Barcelona. É algo impressionante. Atualmente, ninguém joga futebol melhor e mais bonito que o clube catalão. A equipe de Guardiola tem uma combinação perfeita entre classe, habilidade e agressividade, conseguindo marcar e atacar com grande eficiência. Claro que o ataque, com Messi, Ibra e Henry, é infinitamente melhor que a defesa, mas o Barca, além de golear, consegue morder e apertar tanto que os adversários não conseguem jogar.

O time grená é, hoje, o pináculo do futebol mundial, mas não é o único que joga com beleza em terrenos europeus. Assistir a Chelsea, Real, Manchester e até clubes medianos é sempre um prazer, pois se encontra um futebol que não temos aqui. São poucos erros de passe, jogadores que sabem bater na bola, juízes que deixam a partida correr e extrema eficiência na marcação. Exatamente o contrário dos chutes de canela, displicência dos atletas e covardia dos árbitros que acompanhamos no Brasil.

E acompanhar o futebol europeu, como disse no início desse texto, está me deixando mal-acostumado. Digo isso porque a minha visão do futebol costuma ser diferente daquela que a maioria tem. Por exemplo, muita gente viu o Grêmio com boa atuação no último domingo, contra o Goiás. Paulo Autuori, inclusive, foi um deles. Porém, ao meu ver, o Tricolor foi patético. Ainda na metade do primeiro tempo, mesmo vencendo o jogo, falei para quem estava ao meu lado que o Grêmio perderia aquele jogo.

Não, não estava secando. Mas qualquer um via que a equipe não sustentaria a vitória por muito tempo. Simplesmente pairava o desinteresse em todos os atletas com a camisa gremista. A marcação, que sempre foi a grande força desse clube, chegava a dar vergonha. Os jogadores do Goiás dominavam a bola e carregavam-na por dez, quinze, vinte metros sem serem incomodados. A distância entre nossos marcadores e quem dominava a pelota era imensa. Encurtar espaço pra quê? Léo Lima disparou do meio de campo e chegou na cara de Victor para cabecear sem um esboço de reação de qualquer gremista para marcá-lo. Assim é fácil.E com a bola no chão não foi diferente. Rochembak conseguiu errar todos os lançamentos que tentou. Tcheco sumiu novamente. Souza exagerou nas firulas. Jonas e Maxi não conseguiam segurar a bola – mas, a favor deles, a ligação direta defesa-ataque foi feita durante toda a partida. Bruno Collaço foi o covarde de sempre: burocrático e só com passes para trás. E Thiego... ah, Thiego. Preciso falar sobre Thiego? Que ele não é lateral, todo mundo sabe. O problema é que nem mesmo como zagueiro ele deveria vestir a camisa do Grêmio. É jogador de segunda divisão do Gauchão, no máximo.

E Autuori? Evitei até o momento reclamar do treinador para ver se o tempo gerava resultados. Porém, a cada novo jogo eu me decepciono um pouco mais. Tudo bem que faltam opções de reposição quando ocorre a perda de atletas, mas o Grêmio tem um time titular bom que poderia render mais, especialmente fora de casa. O grande problema da equipe, que passa diretamente pela mão de Autuori, é a apatia. O Grêmio parece não entrar em campo com a vitória como objetivo. Se ganhar, se perder, tudo parece estar bem. Cadê a vibração que tanto orgulha os tricolores? Por onde anda a marcação que sempre foi o destaque gremista? Onde foi parar a fibra e a luta que nos deram tantas glórias?

Hoje, o Grêmio é passivo, covarde. Uma equipe que parece jogar por obrigação. Um time que se amedronta quando está ganhando e se diminui até tomar os gols e entregar mais uma partida. Claro que não é sempre assim. No campeonato, já fizemos ótimos jogos. Mas o fato é que o Grêmio jamais deve com esse desinteresse. Jamais. Talvez Autuori e os jogadores achem que um ou outro jogo de apatia pode acontecer. Pois, antes que seja tarde demais, é bom que eles entendam: para o verdadeiro gremista, isso é inaceitável.

Torcer, torceremos sempre. Mas está cada vez mais difícil não se irritar vendo os jogos do Grêmio.

Sorte que a temporada europeia está apenas no início.