terça-feira, 30 de dezembro de 2008


Grêmio estréia dia 25 de fevereiro na Libertadores

A Conmebol divulgou nesta segunda-feira as datas e horários dos jogos das duas primeiras fases da Copa Libertadores. A estréia do Grêmio acontece às 21h50min do dia 25 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, no Estádio Olímpico.
Confira abaixo todos os jogos do Tricolor na fase de grupos em sua 12ª participação no princial torneio da Américas.
25/02 - quarta-feira - 21h50 - Grêmio x Vencedor Chave 6 (Universidad de Chile x México 3)
11/03 - quarta-feira - 21h50 - Boyacá Chicó (COL) x Grêmio
25/03 - quarta-feira - 21h50 - Aurora (BOL) x Grêmio
07/04 - terça-feira - 19h - Grêmio x Aurora (BOL)
15/04 - quarta-feira - xx - Vencedor Chave 6 x Grêmio
22/04 - quarta-feira - 18h - Grêmio x Boyacá Chicó (COL)

Projeto da Arena é aprovado na Câmara

Assim como ocorreu com os projetos do Inter, relativos ao terreno dos Eucaliptos e à reforma do Beira-Rio, o Grêmio obteve o mesmo sucesso na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Na noite desta segunda-feira, por 24 votos favoráveis contra nove (com uma abstenção) e com muitas discussões para resolver impasses sobre altura dos prédios, o legislativo municipal aprovou o projeto da Arena do Grêmio, que será construída no bairro Humaitá, Zona Norte da capital, e também o prédio residencial que será erguido na Azenha, onde hoje está localizado o Estádio Olímpico.

Os vereadores elaboraram algumas emendas para o projeto inicial que foi apresentado pelo Tricolor. O grande ponto de discussão foi em relação ao empreendimento residencial que será construído onde hoje está o Olímpico, que teria que se adequar ao Plano Diretor da cidade. Ao final, ficou definido que o projeto original será mantido, rejeitando assim o projeto de lei substitutivo.

Sobre a Arena, um conjunto de emendas foi proposto pelos vereadores e votado. Depois de uma pequena discussão entre os líderes de partido, houve a aprovação do projeto. - A cidade ganha muito com a aprovação dos projetos (Arena e Beira-Rio). Agora, Grêmio e Inter terão que apresenta-los até o dia 15 de janeiro ao comitê brasileiro. Nós não estamos tratando apenas de dois estádios de futebol e sim de obras que serão importantes para Porto Alegre. Recursos específicos virão do Governo Federal para obras de infraestrutura – garante o responsável pela secretaria especial para Copa de 2014 em Porto Alegre, José Fortunatti.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Arena na Câmara de Veradores

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre se reunirá nesta segunda-feira para a votação do projeto de lei que envolve o Projeto Arena, construção do novo estádio do Grêmio. O Projeto de Lei Complementar do Executivo define o regime urbanístico do projeto gremista. A proposta contempla a área do novo estádio gremista no Humaitá e o terreno na Azenha, onde hoje está localizado o Estádio Olímpico. O presidente da Câmara, vereador Sebastião Melo, está otimista quanto à aprovação do projeto Tricolor: “Se não for aprovado por unanimidade, certamente será por maioria de votos”, afirmou Melo. Já o vice-prefeito eleito de Porto Alegre, José Fortunati, prefere conter um pouco a euforia antes da votação: “Como diz o ditado, um pouco de cautela e canja não fazem mal a ninguém”, disse o conselheiro gremista que será o titular da Secretaria Especial para a Copa do Mundo. A votação do projeto envolvendo a Arena ocorre na Câmara de Vereadores, às 14 horas desta segunda-feira.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O dia em que Papai Noel vestiu azul.

Por Cristiano Zanella

Dez de dezembro de 1961. Era a data marcada para a realização do último jogo do Campeonato Gaúcho daquele ano, o Gre-nal que decidiria o campeão do certame. Mas, para tristeza e decepção dos tricolores, de nada valeria o clássico, visto que o Inter era o campeão antecipado, já tendo somado os pontos necessários nas rodadas anteriores. O jogo seria disputado no Estádio dos Eucaliptos, e o carnaval vermelho estava assegurado. Mal podiam imaginar os festivos colorados que uma estranha e inacreditável façanha – destas que teimam em acompanhar a já centenária trajetória tricolor – estava prestes a realizar-se, e que esta teria como protagonista o glorioso Grêmio Foot-ball Porto-alegrense, então Penta-Campeão Gaúcho.Logo nos primeiros minutos de jogo, o Inter já vencia por 1 a 0, e a expulsão do lateral-direito gremista Altemir facilitaria as coisas para o colorado: terminado o primeiro tempo, Inter 2 x 0 Grêmio (dois gols de Alfeu). Segunda etapa: com um homem a menos e perdendo por dois gols, o Tricolor dos Pampas, capitaneado pelo lendário Airton Pavilhão, entra em campo para fazer história. Aos 25 minutos da etapa complementar, Nadir diminui cobrando falta: 2 a 1. Pouco mais de dez minutos depois, Marino empata o jogo. Já quase nos acréscimos, bola na área do Inter, e o “Tanque Gremista” Juarez cabeceia livre – era o gol da inesquecível virada! Inter 2 x 3 Grêmio!Naqueles mágicos 45 minutos, a tristeza antecipada transformava-se em esfuziante e incontida alegria! O título do Gauchão já não tinha mais importância, e a torcida gremista ainda festejava o gol da vitória quando viu cruzar o campo, em louca disparada, um Papai Noel todo azul!?!? Por trás da tradicional indumentária natalina – quem mais poderia ser? – estava um dos maiores ícones da moderna história tricolor: Francisco Paulo Sant´ana.Segundo depoimento de Sant´ana à Revista Placar (junho de 1991):“Tinha eu 22 anos e fui convidado para a façanha. Dias antes, prepararam-me uma vestimenta de seda azul, com gorro de pompom e tudo. E fiquei eu no vestiário todo o tempo, já dentro da indumentária, esperando apenas para calçar as botas, que eram de número 39, enquanto eu calçava 41. Quando o Inter fez o segundo gol, tirei a quente roupa de Papai Noel e coloquei numa sacola. Nada mais havia a fazer, ainda mais com a desvantagem de dez homens em campo. Mas, a medida em que o escore ia se modificando, eu ia colocando as calças, a blusa, o gorro, na expectativa de entrar no gramado. Quando explodiu o terceiro gol, o massagista Biscardi já passava sabonete em meus pés, no objetivo de conseguir enfiar neles as botas apertadas. A gente ficava naquele vestiário da quadra de basquete, havia uma porta de ferro e a tela separando-o do campo. Quando o árbitro terminou a partida, atirei-me contra ela, procurando ultrapassá-la. Policiais e funcionários da Federação tentaram impedir a força minha entrada. Os dirigentes e os reservas do Grêmio empurravam-me e consegui passar por aquela barreira, mas percebi que não havia mais pompom no meu gorro, nem a barba postiça branca no meu queixo, que haviam sido arrancados no sururu. Mesmo assim, entrei em campo sob os vivas da torcida gremista. Fui levantado pelos jogadores tricolores e levado até as sociais coloradas, que assistiam arrasadas ao meu desfile triunfante. Cumpria-se uma tradição de muitos anos. Fui para o centro da cidade, cercado por duas loiras espetaculares. Era o carnaval gremista que se espraiava pelas ruas. Dali a pouco, na Borges de Medeiros, o mais numeroso cordão colorado vinha em direção contrária – aliás, o Internacional havia sido o campeão. E nem a vitória gremista conseguira arrefecer-lhes por inteiro o ânimo. Quando aquela massa vermelha cruzou por nós, eles me atacaram. Subi num bonde-gaiola e eles entraram junto, perseguindo-me. Levei uma boa surra e minha roupa de Papai Noel foi inteiramente esfrangalhada. Nunca mais vou me esquecer daquela impossível vitória. Nem dos riscos que corri para apenas afirmar uma rivalidade que continua séria, mas tinha muito mais imaginário e pitoresco que nos dias de hoje”. Foi numa tarde quente de dezembro, no distante ano de 1961, o dia em que o bom velhinho vestiu azul (e escapou de ser linchado)... O dia em que, mais uma vez e para todo o sempre, o Grêmio escrevia com sangue, suor e lágrimas seu nome no livro das vitórias impossíveis, tornando-se o protagonista de uma verdadeira fábula natalina. E os gremistas, mesmo perdendo o título, viveram intensamente um Natal de muita paz, saúde e amor – um verdadeiro Natal tricolor!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


A hora da razão.

Por Eder Fischer

Nós, os torcedores, vivemos, quase que na totalidade do tempo, sobre o efeito paixão que temos pelo nosso Grêmio. Vamos de Marcel no ataque? Paulo Sérgio na lateral?
Putz... Mas fazer o que? . ...E da-lhe, da-lhe tricolor, eu sou borracho, sim, senhoooor! Foi este o sentimento de grande parte da torcida durante o ano. O futebol, dentro do campo, acabou. É agora que surgem os outros homens do futebol no clube. É agora que nossa torcida tem que deixar de ser a torcida copeira e se tornar igual as outras torcidas comuns. Se o time não está atacando, vaiem. Se atacou e não foi eficiente, vaiem também. Se fizer um gol, comemorem, mas em seguida voltem a vaiar se a apresentação não for convincente.

Há pouco tempo, fizemos, na minha opinião, uma das maiores injustiças para com um dirigente de futebol. Digo fizemos pois, apesar de não compactuar com a idéia, tendo escrito aqui neste espaço, inclusive, faço parte desta torcida. Expulsamos um dos maiores homens do futebol que o Grêmio já teve, ameaçando-o, inclusive. Se ainda não se deram conta de quem estou falando, peço que pesquisem: quem montou um time competitivo com recursos, que só não eram zero, porque eram negativos, para disputarmos a Segunda Divisão? Quem reforçou o time com poucos recursos para botar um Grêmio, recém vindo do inferno, na terceira posição do campeonato nacional? Quem preparou o Grêmio para a Libertadores de 2007, com Diego Souza, Saja, Lúcio, William, Teco, Schiavi? Quem trouxe para o Olímpico Rever, Victor, Roger e Roth (o melhor técnico do campeonato, na minha opnião) para este ano? Destes, três foram premiados este ano.
Não quero queimar ninguém, mas, na minha opinião, o Krieger ainda não mostrou a que veio. Seu maior mérito este ano foi manter o Roth – e antes de alguém falar que ele trouxe o Souza e repatriou o Tcheco, lembro que, na verdade, ele apenas fechou negociações que já estavam há muito tempo em andamento. Quem o Krieger realmente trouxe este ano foram Marcel, Orteman e Morales. A partir daí, peço que tirem suas conclusões.

Meu sentimento, nos anos anteriores, sempre foi de esperança, pois confiava na nossa diretoria, tinha certeza de que, se trouxessem um zagueiro do Ipatinga, é porque eles conheciam o jogador e o seu potencial. A regra básica para contratações que saiam da boca de Pelaipe e Odone quando questionados era a mesma: tem que ser um jogador que se identifique com o estilo de jogo histórico do Grêmio e que tenha potencial. Estas duas características aliadas já garantem, por si só, 80% do sucesso na contratação. Este ano, torço muito para que nossos dirigentes façam um ótimo trabalho. Expectativa é a palavra que melhor representa o que sinto. Torço, mas não na quina do estádio como durante o ano: enquanto a nossa direção estiver agindo, estarei lá, na social, com minha pipoca, corneta e o meu radinho, pois agora é a hora da razão, para depois vivermos um ano inteiro de loucura.

P.S’s:
1. Alex Mineiro vai ser um bom reforço para 2009. Nada além disto, até que se prove o contrário.
2. Queria desejar um bom show ao Tardelli na noite de hoje.
3. Peço desculpas por possíveis (prováveis) erros. Tive que digitar o texto com a minha mão esquerda, pois sou destro e, sábado passado, quebrei o meu braço direito.
4. Fiquei sabendo há pouco tempo que estão quase acertados os nomes de Fábio Ferreira, Fábio Santos e Ruy. Nenhum é melhor dos que já estavam.
5. Finalizando. Um ótimo Natal a todos. Que em 2009 possamos comemorar os títulos aos quais nos acostumamos a ganhar nas últimas décadas.

Mithyuê troca futsal pelo campo e já é eleito craque da competição

Estava tudo desenhado na vida de Mithyuê, de 19 anos. Uma das maiores promessas do Brasil no futsal, o atleta tinha tudo para seguir adiante em uma carreira de futuro mais seguro, com provável consolidação como uma das estrelas mundiais no esporte. E aí ele resolveu arriscar forte. Largou as quadras para se aventurar na grama. Trocou o destaque do futsal (era apontado como sucessor de Falcão) pelos juniores do Grêmio no futebol de campo. Três meses depois, já pôde comemorar seu primeiro título com a bola maior. Foi o melhor jogador da final e, de quebra, acabou eleito craque da competição. Mithyuê ganhou belos sinais de que a aposta foi acertada no decorrer do Campeonato Brasileiro Sub-20, encerrado neste domingo, em Porto Alegre, com vitória de 2 a 1 do Grêmio sobre o Sport. O meia foi fundamental na decisão. Deu lindo passe para o primeiro gol, marcado por Wesley, e anotou o segundo, o do título. Foi o atleta mais festejado pela torcida. E também o que mais festejou com a galera. Ele pulou feito criança, deu cambalhota, subiu no alambrado e até acompanhou a torcida nas cantorias com xingamentos ao Inter. Foi uma espécie de desabafo na noite de seu primeiro título no futebol. - Eu não tenho palavras para descrever minha alegria. É muito bom. A ficha vai demorar a cair. Tenho muito para agradecer a todos aqui no Grêmio, porque me receberam de braços abertos - diz o jogador.
No campo, Mithyuê é uma meia avançado, o típico articulador. Ele traz do futsal o drible impecável e o constante desejo de chutar a gol. Mas ainda precisa aprimorar alguns aspectos. O mais importante é que ele sabe que passa por um processo de adaptação e, por isso, tem muito a aprender. - Minha maior dificuldade, sem dúvida, é o posicionamento, porque é bem diferente do futsal. O domínio de bola também é complicado - afirma. O esforço do jogador vem dando resultado. O técnico dele, Julinho Camargo, vê grandes perspectivas de Mithyuê engrenar no futebol. - É complicado para um jogador fazer esse tipo de transição. Alguns foram direto para o profissional, e aí fica difícil fazer a adaptação de forma tão rápida. O interessante com o Mithyuê é que ele terá dois anos para fazer toda essa preparação. Foi uma idéia comprada por ele e pelo clube. É uma aposta de todos. Temos a perspectiva de que ele será jogador profissional de futebol. Talvez aconteça no segundo semestre do ano que vem - diz o treinador.
O Grêmio não terá pressa com o jogador. Ele seguirá treinando o tempo que for preciso com os juniores. A idéia é que aprimore os fundamentos específicos do campo antes de virar profissional.

Grêmio conquista o Brasileiro Sub-20

De virada, o Grêmio bateu o Sport Recife por 2 a 1, na noite deste domingo, na decisão do Campeonato Brasileiro Sub-20, realizada no estádio Passo D´Areia, em Porto Alegre. É a primeira vez que o Tricolor chega ao título da competição.
Os gols do time treinado por Julinho Camargo foram marcados por Wesley, de letra, aos 31 minutos, e Mithyuê, aos 39 minutos, ambos no segundo tempo. Xinho, aos 27, marcou para o Sport em forte chute de fora da área.
O Tricolor atuou com Fernando; Lucas (Sérgio), Wágner, Jean e Marçal; Paulinho, Dhiego (Michel), Bruno Renan e Mithyuê (Collaço); Rafael Martins (Marcus Vinicius) e Rafael Paraíba (Wesley).
"Estou muito feliz por ajudar minha equipe a vencer. Este Brasileiro foi de muita importância para nós, que trabalhamos muito e merecemos. Essa torcida maravilhosa merece, assim como todos nós", afirmou o entusiasmado Mithyuê.
O treinador gremista destacou a força do trabalho nas categorias de base do clube e a qualidade dos profissionais gremistas.
"A gente respeitou todo mundo e trabalhou com seriedade. Temos não só corpo de trabalho mas uma direção muito forte por trás, além de uma torcida maravilhosa. Acho que merecemos ser campeão", disse Camargo, que conquista seu oitavo título em quatro anos de trabalho nos juniores.
Prestigiando a decisão no Passo D´Areia, que marcava o final de sua gestão à frente do clube, o presidente Paulo Odone comemorou o título e a perspectiva de novos valores para a equipe profissional.
"É uma uma maravilha essa vibração. O futuro do Grêmio está também garantido", afirmou.
O Grêmio havia sido vice-campeão em 2006, quando o Inter venceu. Em 2007, caiu nas semifinais diante do Cruzeiro, que depois conquistou o título.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Grêmio campeão brasileiro de 1996

Parabéns a toda Nação Sangue Azul pelos 12 anos desta conquista nada apaga essa história

Respeito, acima de tudo.

Por Silvio Pilau

Já faz algum tempo que decidi não mais discutir futebol com colorados. Sei que muita gente tira um grande prazer desses colóquios futebolísticos sobre rivalidade, mas o fato é que nada sai daí. No fundo, eles são apenas uma perda de tempo. Ninguém vai conseguir convencer o outro lado. Jamais o seu argumento, por mais lógico e arrazoado que seja, será aceito pelo outro como verdadeiro. São discussões pautadas unicamente pela emoção e por amor cego, sem qualquer resultado.Claro que essa é uma posição que nem sempre consigo seguir. Vez ou outra, encontro-me debatendo com colorados a importância de um título como a Sul-Americana, a legitimidade do Mundial Interclubes, a não-conquista da vaga na Libertadores no centenário e muitas outras coisas. No entanto, sempre que isso acontece, procuro manter a discussão no tom da brincadeira e do bom humor, tentando me divertir ao máximo em tal momento. Nunca deixando a conversa descambar para a insensatez e a falta de respeito.No que concerne a mim e meus papos sobre futebol com amigos, consigo fazer isso. Sei que a posição deles é, igualmente, a de uma conversa divertida e de uma provocação saudável, que faz parte da magia desse esporte. Porém, com mais freqüência do que gostaria, vejo e tenho notícias de resultados desagradáveis saídos dessa rivalidade, como se o amor cego pelo clube se transformasse em um ódio cego por qualquer pessoa que vista a camisa do rival. Aqui mesmo no Final Sports tivemos um exemplo claro disso na semana passada. Um texto publicado no lado gremista despertou uma reação pelo lado colorado, inclusive com ofensas ao autor. De quebra, os comentários foram inundados por declarações de baixo nível, por parte de ambas as torcidas. Esta é somente mais uma prova do motivo pelo qual procuro evitar o desgaste de discutir futebol: não se chega a lugar algum e, se uma das pessoas for mais exaltada, o clima pode ficar pesado e com resultados que ninguém gostaria.No caso dos textos já citados, não cabe tentar apontar quem estava certo e quem estava errado. Cada um vai tomar a posição no lado que mais lhe convém - leia-se, no time que torce. Mas até nisso é possível ser educado. Há algum tempo, postei um texto com o título “Eu Amo o Inter”. Claro que não passava de uma brincadeira, uma ironia, um texto que jamais desrespeitava o adversário. Recebi centenas de mensagens no Orkut que eram simplesmente ofensas a mim, sem qualquer tentativa de argumentação.O que fiz? Respondi uma a uma. Todas as que eu pude responder. Mas não no mesmo nível. Respondi de forma educada, tentando argumentar e falando que uma reação a nível pessoal como a que os colorados estavam tendo era desnecessária. Para muitos, foi um tapa de luva. Boa parte me retornou pedindo desculpas, compreendendo a insensatez de tal reação. Claro que muitos continuaram com as ofensas, mas fiquei satisfeito por ter feito alguns perceberem seus erros e compreender que é possível, sim, uma rivalidade alicerçada no respeito não somente pelo rival, mas pelo ser humano.É claro que essas palavras que vocês lêem agora não farão a menor diferença. Gremistas e colorados vão continuar discutindo. E, quanto a isso, não vejo qualquer problema. Nem quero que isso pare. Enquanto as provocações mantiverem o tom de amizade, o toque saudável de ironia e a criatividade única que as torcidas têm, comprometo-me a acompanhar de perto e, quem sabe, até participar de algumas.A minha ressalva é quando a discussão sai do nível da civilidade. A partir daí, é somente um passo para os xingamentos, para as brigas, para as mortes. E é apenas isso que peço: respeito, bom senso e civilidade. A rivalidade pode ser sensacional quando se mantém dentro desses valores. Um pouco de provocação não faz mal a ninguém. Mas que seja feita dentro dos limites.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Por que eles estão aplaudindo?

Por Eder Fischer

Estávamos perdendo o título, ou deixando de ganhar, como alguns preferem. A vitória contra um adversário teoricamente mais fraco estava sendo complicada. A partida havia sofrido sérios riscos de ter um desfecho diferente. No banco, tínhamos um técnico rejeitado desde o momento em que pisou no Olímpico. No ataque, Marcel e Perea. Era um domingo perfeito para qualquer pessoa comum ir à praia, tomar uma ceva, dar uma volta no gasômetro ou qualquer outra coisa diferente de ficar torrando sob um sol escaldante durante três ou quatro horas e tomando uma cerveja quente sem álcool. Enquanto (ou)víamos um adversário que estava anos luz atrás, prestes a conquistar um titulo que fora nosso durante 17 rodadas com um gol ilegítimo, e direcionávamos nossos olhares aos céus, implorando por mais uma façanha, víamos um avião passar – covardemente inalcançável aos nossos punhos – com uma provocação digna do que se diz nosso rival. Poucos minutos depois, o rádio anuncia o final da partida do time que estava se tornando campeão, roubando (talvez literalmente) o que fora, em grande parte do campeonato, nosso.Fico imaginando se esta cena acontecesse com o Flamengo no Maracanã, São Paulo no Morumbi ou aqui do lado no Beira Rio. Imagens de invasão de campo, protestos, torcedores queimando a camisa e carteiras de sócios seriam manchetes nos jornais. Talvez, o avião fora contratado com esta bizarra intenção, ele seria apenas uma fagulha numa caixa de explosivos, afinal, nós somos conhecido como a torcida mais violenta do mundo. O objetivo? Manchar uma campanha inteira de uma equipe vencedora apesar da 2ª colocação. Algo para a imprensa vermelha vender jornais e desvirtuar a atenção ao fato de o time de operários terminar o campeonato 18 pontos à frente do time das estrelas milionárias dos vizinhos.Mas, algumas coisas nunca serão compreendidas por simples mortais. No momento em que anunciou-se o término do jogo entre São Paulo x Goiás, aquela multidão azul que havia sofrido não somente naquela tarde, mas quase o ano inteiro, com desclassificações e projeções de um time que lutaria por uma vaga na 2ª divisão da América, aqueles quase 40 mil marginais nazistas armados, onde me incluo (não descartem ninguém! Nem os negros, nem as belas e delicadas geraldinas, nem os senhores e senhoras ou crianças), todos sedentos por sangue, naquele momento em que o locutor soltou a frase: São Paulo campeão. Um breve silêncio foi quebrado, não por um inicio de uma 3ª guerra mundial, e sim, surpreendentemente!, por palmas dispersas que em poucos segundos tomavam conta de um estádio inteiro.Ao meu lado, uma menininha, também nazista, não se iludam com aquele olhar meigo, aquela pequena bolsa da hello kitty provavelmete estava recheada de C4, perguntou ao seu pai:- Pai, nós fomos campeões? Ele responde balançando a cabeça negativamente. Ela pensa alguns instantes e pergunta novamente:- Então por que estamos aplaudindo?Esta resposta, apesar de saber, é difícil expressar por palavras. Alguns dizem que foi o reconhecimento pela campanha, outros dizem que foi pela vaga na Libertadores, mas todos os gremistas que lá estavam ou os que acompanharam o jogo de alguma maneira sabem que são respostas de pessoas que não são gremistas. Porque, aquele que conseguir responder a pergunta desta pequena tricolor, estará respondendo também o que é ser Grêmio.Com dinheiro, eles podem:

- comprar jogadores, mas não um time;
- comprar craques, mas não ídolos;
- comprar títulos, mas não façanhas;
- comprar juizes, mas não justiça;
- comprar a mídia, mas não o reconhecimento;
- comprar um avião, mas ele será insignificante entre um planeta e um céu sempre azul.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O clube internacional do RS

Por Felipe Sandrin

O Grêmio ensinou como chegar lá e, 25 anos atrás, consagrava-se o clube INTERNACIONAL do Rio Grande do Sul. O mundo estava mais azul, Porto Alegre não dormiria; não mudaria nunca mais a partir daquele dia. Surgia um novo clube diante de um velho espírito, e o conceito de IMORTAL adotado até então por Lupicínio Rodrigues ganhava o planeta.
Meus amigos, vistam o manto sagrado azul, ostentem com bravura aquilo que a duros golpes foi conquistado, orgulhem-se daqueles que transformaram o GRÊMIO NO MAIOR CLUBE DA NOSSA AMADA TERRA GAUCHA.
E não sucumbam ante o desrespeito, a inveja que se abate sobre aqueles que jamais deixaram de ser apenas coadjuvantes. Porque títulos todos podem ter, mas o pioneirismo é nosso. Nascemos primeiro, JÁ SOMOS CENTENARIOS, lutamos em guerras fora de nossas terras, longe de nossas casas, antes que qualquer um em nosso Rio Grande.
Amigo IMORTAL DONO DO MUNDO, está também em tuas canelas as marcas de travas argentinas, chilenas, paraguaias, uruguaias, alemãs, etc. Está sobre tua camisa do Grêmio o respeito com que nós, gaúchos, somos tratados e vistos.
Tu és amado, MAIS QUE CENTENARIO: orgulhe-se, torcedor gremista, pelas fotos em preto e branco que retratam os nossos títulos. O mundo em preto e branco era mais bonito, o futebol era MUITO MAIS FUTEBOL. Não havia chuteiras coloridas, chuvas de papel picado ou carro-maca para tirar canelas de vidro do campo. Tu, amigo gremista, conquistaste o mundo quando nele ainda existiam heróis que não custavam em euros ou dólares. Tu, torcedor gremista, foste o desbravador, foste como Colombo, Cabral, foste o PRIMEIRO a conquistar.
Se hoje a história existe é porque nós a escrevemos. E se hoje outros buscam, é porque estes buscam ser simplesmente como nós. Querem ser algumas páginas dentro de um livro chamado... GRÊMIO.

Grêmio adota estrela de verdade para comemorar 25 anos do título mundial

Para comemorar o maior título da história do Grêmio, a diretoria tricolor foi muito alto. Na festa realizada na noite desta quinta-feira, na Sociedade Libanesa, em Porto Alegre, o clube anunciou a adoção da Estrela Grêmio. Uma estrela de verdade, que representa a conquista do Mundial Interclubes em 11 de dezembro de 1983.
Ela está na constelação de Órion, a mais brilhante de todas, que pode ser vista de qualquer parte do mundo. Outras informações estão no site www.estrelagremio.com.br

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

1983, o tradicional.

Parabéns nação tricolor. 25 anos na confraria dos Campeões do Mundo. Onde os novatos pedem a benção e sentam no chão.

Colecionador guarda boa parte da centenária história do Grêmio em casa

Itens relacionados ao Campeonato Mundial Interclubes de 83 têm papel de destaque no acervo de Gianfranco Spolaore
As lembranças da conquista do Mundial Interclubes de 1983 estão vivas na memória dos torcedores do Grêmio com mais de 30 anos. E para um gremista em especial, recordações do maior título da centenária história do clube são bem concretas. E estão ao alcance das mãos. O analista de sistemas Gianfranco Spolaore, 45 anos, tem como hobby colecionar artigos relacionados ao Tricolor gaúcho. E itens ligados ao Mundial ocupam espaço destacado no acervo do colecionador. Como uma camisa utilizada e autografada pelo capitão Hugo de León em um treinamento no Japão, dias antes da decisão contra o Hamburgo (Alemanha), e uma miniatura da taça do Mundial. Além de um ingresso da histórica partida. Intacto, ainda com o canhoto que seria retirado na entrada do estádio Nacional de Tóquio. - Comprei (o bilhete) para ir ao jogo, mas, por motivo de trabalho, na última hora não pude viajar. Também tenho revistas japonesas, italianas e brasileiras contando a magnífica vitória no Japão - diz Spolaore.
Dos mais de três mil itens do acervo, o preferido do colecionador tem relação com a conquista de 11 de dezembro de 1983: uma camisa tricolor número 7 usada e assinada por Renato, idêntica a que o ponta-direita usou para marcar os dois gols na decisão contra o time alemão. A coleção de Gianfranco Spolaore começou em 1977. O primeiro item foi o pôster do time campeão gaúcho daquele ano.
Como a peça mais rara, o colecionador cita um exemplar de 1922 da "Revista do Grêmio".
- Essa nem o clube tem no seu museu - revela. Apesar do grande número de itens, a busca por peças é permanente. E uma em especial é o objeto de desejo de Spolaore. - Uma medalha de 1904, feita um ano após a fundação do Grêmio. Sei quem a tem e estou a uns três anos atrás, mas o dono ainda resiste (a vender) - conta, sem desistir do objetivo de acrescentá-la ao acervo.

Grêmio mantém liderança no ranking da CBF

1º Grêmio - 2.039 pts
2º Vasco - 1.981
3º Flamengo - 1.974
4º Corinthians - 1.958
5º São Paulo - 1.939
6º Atlético-MG - 1.922
7º Palmeiras - 1.897
8º Internacional - 1.863
9º Cruzeiro - 1.824
10º Santos - 1.695
11º Fluminense - 1.608
12º Botafogo - 1.567
13º Goiás - 1.423
14º Sport - 1.422
15º Coritiba - 1.419
16º Guarani - 1.410
17º Portuguesa - 1.329
18º Atlético-PR - 1.270
19º Bahia - 1.256
20º Vitória - 1.238

Volte a 1983

click na imagem e acompanhe toda tragetória gremista

11 de dezembro de 1983

11 de dezembro de 1983. O dia mais importante da história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. O dia em que a terra se rendeu ao Imortal Tricolor. O dia em que o primeiro clube do Rio Grande do Sul chegou ao topo do mundo.À meia noite(horário de Brasília), o Tricolor entrava em campo no Estádio Nacional de Tóquio para fazer história. Ao redor do mundo, o coração de uma nação inteira pulsava na ponta da chuteira daqueles 11 guerreiros tricolores.O Grêmio iria encarar o Hamburgo, da Alemanha, que mostrara uma certa arrogância nos dias que antecederam a grande partida. Eles subestimavam e mostravam desconhecimento sobre o Tricolor gaúcho.
Eles iriam conhecer o Imortal horas depois.O time gremista entrou em campo com camisa tricolor, calções brancos e meias azuis, que tiveram que ser providenciadas de última hora, já que os organizadores não permitiam que as cores dos ítens do uniforme fossem semelhantes ao do adversário. O jogo começou tenso, com muitos erros de passes. O gramado seco dificultava o toque de bola.O Grêmio começou a se impor, aos 37 minutos do primeiro tempo, Renato recebeu a bola na direita, driblou a marcação e chutou cruzado, entre o goleiro e a trave esquerda. Grêmio 1 a 0. No Salão Nobre do Conselho Deliberativo do Grêmio, centenas de conselheiros e dirigentes vibravam na frente do telão disponibilizado pelo Clube.
Na pista atlética feita de "tartan" no Estádio Nacional de Tóquio, o técnico Valdir Espinosa, que antes da partida anunciou que deixaria o Grêmio independente do resultado, se abraçou com Renato comemorando a vitória parcial. Na etapa final, o Hamburgo ficou com o domínio das ações, mas praticamente não levou perigo ao gol de Mazaropi, que brilhou em algumas intervenções. Já nos minutos finais, o time alemão tentou um ataque pela esquerda. Voltando para ajudar na marcação, Renato conseguiu roubar a bola no campo de defesa e chutou para lateral. No momento em que esticava a perna finalizar o movimento do chute, o craque gremista sentiu fortes cãimbras e deixou o gramado para ser atendido na beira do campo. Neste momento, o único em que Renato estava de fora, o Hamburgo chegou ao empate. Bola levantada na área gremista e Schröeder empurrou para as redes.
Eram 40 minutos do segundo tempo. O desânimo desabou sobre os torcedores das organizadas do Grêmio que assistiam à partida na sala do Departamento Eurico Lara, na frente de um pequeno aparelho de TV. Muitos já estavam no pátio de estacionamento esperando o apito final para iniciar a festa. A cerveja já tinha terminado. Os poucos fogos que estouravam na madrugada daquele domingo em Porto Alegre, naquele momento, não eram de gremistas. Qualquer obediência aos critérios táticos já tinha sido deixada de lado por parte dos jogadores gremistas. A vitória chegaria na raça, na vontade...na imortalidade.
No Brasil, a TV Gaúcha continuava com as imagens dos atletas gremistas extenuados, atirados ao chão esperando a prorrogação. Logo aos 3 minutos da primeira etapa, novamente brilhou a estrela de Renato. Ele recebeu na área cruzamento vindo da esquerda, dominou com o pé direito, driblou a marcação e chutou com a outra perna, no canto do goleiro Stein. Grêmio 2 a 1! Não dava mais para perder. Já nos minutos finais, num contra-ataque, o atacante Caio (aquele mesmo que marcou o primeiro gol na final da Libertadores contra o Peñarol) perdeu a chance de colocar de vez seu nome na história do Grêmio como "o artilheiro das decisões". Ele recebeu a bola logo após a linha divisória do gramado, entrou completamente livre com ela dominada e, na entrada da área, mandou uma bomba por sobre o travessão.
Por sorte, esse gol não fez falta. Grêmio Campeão Mundial! Nada pode ser maior!Festa no Japão, festa em Porto Alegre e em todo o Estado do Rio Grande do Sul. Os relógios marcavam quase três horas da manhã, quando a torcida gremista tomou conta das ruas da capital gaúcha. O ponto de encontro foi a avenida Érico Veríssimo, esquina com avenida Ipiranga, ao lado do prédio do jornal Zero Hora. Antes de partir para o local da festa, os torcedores das organizadas do Grêmio que viram a partida na sala do Departamento invadiram o Salão Nobre do Conselho para confraternizar com os dirigentes e conselheiros. No vestiário do Estádio Nacional de Tóquio, Renato comemorava o título, os dois gols e a escolha de melhor em campo (o jogador recebeu um carro da Toyota).
Os jogadores eram abraçados por torcedores que conseguiram entrar. Foi uma festa inesquecível. O Grêmio, com dois gols de Renato Portaluppi, derrotava o Hamburgo por 2 a 1 e conquistava o Mundial de Clubes, maior título de sua história. Grêmio, Campeão do Mundo. Nada pode ser maior.
Confira a ficha do jogo histórico:
GRÊMIO 2 x 1 HAMBURGO
Local: Estádio Nacional de Tóquio (Japão)
Árbitro: Michel Vautrot (França) Assistentes: Toshikazu Sano (Japão) e Shizuhasu Nakamichi (Japão)
Cartões amarelos: Mazaropi, Caio, Renato e De León (Grêmio) ; Stein (Hamburgo)
Gols: Renato, aos 37 minutos do primeiro tempo; Schröeder, aos 40 minutos do segundo tempo; e Renato, aos três minutos do primeiro tempo da prorrogação
GRÊMIO:Mazaropi, Paulo Roberto, Baidek, De León e Paulo César Magalhães; China, Osvaldo (Bonamigo) e Mário Sérgio; Renato, Tarciso e Paulo César Caju (Caio). Técnico: Valdir Espinosa
HAMBURGO:Stein, Wehmeyer, Hieronymus, Jacobs e Schroeder; Groh, Rolff e Magath; Hartwig, Hansen e Wuttke. Técnico: Ernst Happel

10 de Dezembro de 1983

Um dia antes do mundo ser pintado de azulEra manhã de sábado, 10 de dezembro de 1983. O Rio Grande do Sul vivia a expectativa de, pela primeira vez na sua história, conquistar um título mundial.O representante do Estado era o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que no dia seguinte iria enfrentar o Hamburgo, da Alemanha, no Estádio Nacional de Tóquio.O Imortal Tricolor disputaria a final do Mundial de clubes. O time comandado pelo jovem treinador Valdir Espinoza havia se classificado para a grande decisão com a conquista da Taça Libertadores da América, que também aconteceu em 1983.Desde a conquista da Taça Libertadores, no dia 28 de julho, até a final do Mundial Interclubes, o Grêmio teve 136 dias para se preparar, mesclando titulares e reservas nos 40 compromissos do time neste período. Sem Tita, que voltou para o Flamengo após a venda de Zico ao Udinese, da Itália, o time gaúcho investiu na experiência de Paulo César Caju e Mário Sérgio.A delegação tricolor decolou de Porto Alegre rumo ao Japão no dia 5 de dezembro, fazendo uma primeira escala no Rio de Janeiro, onde mudaram para um avião maior. No dia seguinte, o grupo fazia mais uma escala para reabastecimento em Lima, no Peru, antes de outra parada em Los Angeles, nos Estados Unidos. De lá até Narita, no Japão, foram mais 11 horas de viagem, totalizando 36 ao todo.Depois de mais de quatro meses de preparação, vivendo 24 horas por dia com o pensamento voltado somente para um jogo, finalmente chegava a hora da grande decisão. A maior partida da história dos 105 anos do Grêmio, um clube surgido no início do século e que traçou seu caminho na base da raça e da imortalidade.O Tricolor sempre foi formado por bravos guerreiros, que nunca temeram as adversidades, e transformaram o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense em um dos maiores clubes do planeta.Chegava a hora de mostrar ao mundo a grandeza de um povo. Um povo que veste azul, preto e branco e que jamais foge da luta.Naque 10 de dezembro, os gremistas passaram todo o dia com aquele frio na barriga, aquele expectativa. O Natal estava chegando e o centro da cidade borbulhava de pedestres atrás das melhores ofertas de presentes. Para as crianças, a loja Hipo Imcosul estava lançando o triciclo Tico-Tico Bandeirante Universal por apenas 10.490 cruzeiros.Os adultos poderiam adquirir o moderno computador pessoal TK-85, com surpreendentes 16 ou 48 K-bytes de memória RAM. Nas lojas J.H. Santos, o Televisor Philco 12 polegadas, giratório, totalmente transistorizado e funcionando a luz e bateria custava apenas 109 mil cruzeiros.Com a partida marcada para a meia-noite, não foram raros os churrascos espalhados pela cidade, afinal o dia seguinte era um domingo. O horário do jogo chegou a atrapalhar a presença de público na apresentação do Presépio Vivo, encenado no jardim da Paróquia Menino Deus, em Porto Alegre.Para quem não conseguia esconder a tensão momentos antes do jogo, a solução era pegar um cineminha para tentar relaxar. O cinema Baltimore, na Avenida Osvaldo Aranha, tinha em cartaz o filme "A Filha de Ryan". No cine Marrocos, na Getúlio Vargas, e no Presidente, na Benjamin Constant, o gremista poderia assistir ao filme "Tootsie", com Dustin Hoffmann. Boas opções.Para quem ficou em casa, o programa era acompanhar pela TV o capítulo 162 da novela "Guerra dos Sexos", antes do Jornal Nacional e, logo depois, o capítulo 42 de "Champagne".Minutos antes do início da partida, a TV Gaúcha entrou no ar com as imagens ao vivo do estádio Nacional de Tóquio, com narração de Celestino Valenzuela.Bares da capital estavam lotados com as pessoas se acotovelando na frente do aparelho de TV.No Japão, o time gremista já em campo esperava o início da partida. Os jogadores tentando manter o corpo aquecido para não sentirem os efeitos do frio de quase zero grau. Horas antes da partida, a capital japonesa foi atingida por uma forte nevasca que acabou queimando o gramado do estádio Nacional.A torcida, formada quase que só por orientais, praticamente lotava os 60 mil lugares e se divertia com o som ensurdecedor de milhares de cornetas distribuídas na entrada do estádio. A torcida gremista marcou grande presença na final.Era o começo da grande decisão, que iria começar no dia 11 de dezembro de 1983, a data que viria a se tornar a mais importante da história do Grêmio.O Grêmio irá comemorar, no próximo dia 11, os 25 anos da maior conquista da História do Imortal. A direção Gremista planeja uma grande festa para comemoração de um título tão expressivo, já que é o primeiro mundial conquistado por um clube no Rio Grande do Sul.
Informações:
Local: Sociedade Libanesa (Barão do Rio Grande, 36)
Cidade: Porto Alegre
Data: 11/12/2008
Valor: R$ 75,00 por pessoa
Informações: (51) 3218 2066 ou (51) 3218 2052

Valeu, Grêmio! A luta continua!

Por Cristiano Zanella

Gremistas: o título não veio, e estamos todos cansados de buscar as razões... O ataque que não faz gols, a biografia nebulosa de Roth, os reforços que não deram o retorno esperado, os times entregões e a mala preta, gols anulados, gols injustamente validados, ou mesmo o envelope com os ingressos para o show da popstar Madonna que o juizão ia embolsando! Foram momentos de alegria, dor, esperança, superação. Inacreditável: perdemos o Brasileirão! Terminada a atividade dentro das quatro linhas, se inicia o período de renovações e contratações: sai Rafael Carioca, ficam Victor, Léo e Rever, Tcheco, William Magrão e Souza, possivelmente Celso Roth. A base está formada, mas há a necessidade (urgente!) de se contratar laterais (que não sejam do naipe de Patrício, Bustos, Hidalgo, Paulo Sérgio) e o jogador de exceção para o ataque (esqueçam os medalhões em fim de carreira como Luisão, Christian, Amoroso, e agora Washington – precisamos de sangue novo). O Grêmio não faturou títulos este ano porque não teve ataque, não teve centroavante, e isso no futebol é fatal! Mesmo assim, a espinha dorsal da temporada 2008 servirá como base para o próximo ano, e isto por si só já é uma baita notícia, novidade em anos recentes. Até o início da temporada 2009, serão pouco mais de seis semanas sem jogos oficiais – dá tempo para montar o time (nosso primeiro confronto no Gauchão será fora de casa, contra o Inter SM, em 21 de janeiro). De janeiro a julho, acontece a histórica 50a edição da Copa Libertadores da América, a ser disputada simultaneamente com o Campeonato Gaúcho e as primeiras rodadas do Brasileirão. Mesmo que os adversários da primeira fase sejam ilustres desconhecidos, vale lembrar que na Libertadores não tem barbada, e que precisamos reforçar o elenco com quantidade e qualidade. É bom saber que a nova diretoria já está ligada, trabalhando na busca de jogadores. Vamos pensar grande que a torcida banca, ou alguém duvida que irá aumentar o número de sócios tricolores com a participação na Libertadores e a perspectiva da nova Arena?Fica, é claro, uma certa frustração pela(s) oportunidade(s) perdida(s), afinal de contas, faltaram apenas três míseros pontinhos. Mas valeu, Grêmio! Valeu, torcedor gremista! Muito obrigado pelos momentos inesquecíveis ao longo da temporada! A luta continua! Faça chuva ou faça sol, na vitória ou na derrota, aplaudiremos o Grêmio onde o Grêmio estiver! A festa é nossa! O céu é o limite! E amanhã... vai ser outro dia! Grêmio sempre!!!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mais uma vez mostramos que em Santa Rosa quem manda é o Grêmio


O sucesso da corrida, que tem por objetivo a conscientização das pessoas sobre a importância da prevenção do diabetes foi o excelente numero de camisetas vendidas, que atingiu um total de 6.000 unidades, triplicando a venda realizada no ano anterior.
Neste ano, o motivo da corrida envolveu as torcidas do Grêmio e do Internacional, que numa disputa salutar colocaram seus torcedores na busca de saber qual a torcida que mais motivasse seus integrantes. Neste sentido, foi realizado o leilão de camisetas oficias das equipes, devidamente autografadas pelos respectivos jogadores, sendo que a do Grêmio foi arrematada por R$ 2.001,99 e a do Inter por R$ 500,00. Também no total de camisetas vendidas, o Grêmio superou o Internacional em mais de 700 camisetas vendidas.

O sentimento nunca termina

O Grêmio é Campeão do Mundo. O Grêmio é duas vezes vezes campeão da América. O Grêmio vai buscar o terceiro título da Libertadores em 2009. O Grêmio chegou até os últimos minutos do brasileiro brigando pelo título. O Grêmio é o segundo time de maior produtividade no Brasil em 2008. O Grêmio ganha e também perde títulos porque disputa titulos, não fica de coadjuvante. Esse é o Grêmio, o maior e mais vitorioso time do sul do Brasil.
Lutamos com hombridade até o apito final do campeonato e vencendo a última peleia por dois a zero. O ano acabou para o Grêmio, melhor do que o esperado mas infelizmente não como desejado. O futebol é assim. Agora só pensamos em 2009 e na Libertadores, a nossa maior obsessão.
Só quem consegue cantar mais alto do que todos, na vitória ou na derrota, sabe do que eu estou falando. Aos que vão sentir orgulho de dizer "eu já sabia", me resta lamentar. Ser gremista é muito maior do que vencer esse ou aquele campeonato. Temos muitas coisas para acertar para o ano que vem, e o trabalho começa agora.
Mesmo já tendo ganho todos os titulos importantes que disputou, mesmo sendo dono do mundo e da América, o Grêmio não existe para os gremistas somente quando levanta o caneco.
Não vencemos o campeonato brasileiro desse ano por muitos fatores e principalmente pela rateada do elenco no segundo turno, mas brigamos até o final. Foi um ano frustrante pela expectativa criada, mas surpreendente pela campanha. Agora é pensar 2009 levando tudo de bom que 2008 revelou, e que o ano que vem seja marcado pelos tri campeonatos.
Não concordo com o conformismo porque o Grêmio nunca pode se contentar com o quase, porém só perde título quem disputa título. Meu domingo foi triste como o da maior parte do Rio Grande do Sul, mas agora é focar em 2009 e aproveitar do fruto dessa campanha: A vaga para a Libertadores. O trabalho tem que seguir para não cessar a busca por ainda mais glórias do tricolor.

Mesmo não sendo campeão,
o sentimento nunca termina.

Por Capu

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O orgulho de ser gremista.

Por Silvio Pilau

O cronômetro sobre o pulso do árbitro marcava, aproximadamente, trinta e nove minutos do segundo tempo. No placar eletrônico do estádio, lia-se uma vantagem de dois a zero para a equipe mandante. Os dois anéis do estádio estavam tomados por pessoas de todos os gêneros e idades vestindo azul, preto e branco. Os olhos pairavam sobre a relva verde diante de si, mas a atenção permanecia voltada para uma distante partida ocorrendo no centro-oeste do país.Foi quando veio a informação de que aquele jogo havia encerrado.Houve um reduzido instante de decepção. Um átimo de segundo tomado de tristeza pela glória que se escapava. Lentamente, porém, o silêncio começou a desaparecer. Ruídos primeiramente tímidos, escassos, de mãos uma ao encontro da outra. Pouco a pouco, elas foram se fazendo ouvir. Mais e mais palmas se somavam para formar um som de reverência e respeito. Logo, o estádio estava tomado por aplausos. Uma demonstração de amor e, acima de tudo, reconhecimento.É fato que o Grêmio foi muito mais longe do que se esperava dele. No início do campeonato, analisando equipe e momento, o Tricolor tinha um futuro negro à frente. Mas esse não era um time qualquer. Ali não estava um time capaz de satisfazer com pouco e preso às regras que guiam o restante dos clubes. O Grêmio é surpresa, é superação, é subversão de expectativas. E chegou ao final do campeonato como a única equipe capaz de fazer frente ao São Paulo. Por isso, o reconhecimento emocionante de uma torcida sem igual.O que se viu no Olímpico nos minutos finais da partida e por algum tempo após seu término é algo raro no futebol brasileiro. Não é por acaso que poucos entendem o verdadeiro sentimento de ser gremista. Torcer para o Grêmio não é vibrar somente com vitórias. Não é ter paixão por faixas e troféus conquistados pelo clube. O coração gremista existe somente pelo amor incondicional ao clube. Um amor inabalável, vivo em todos os momentos e com constantes demonstrações de sentimento.Ontem, foi mais um exemplo. O Grêmio não levou o título, mas foi campeão. Não campeão moral, pois isso é coisa de time pequeno. O Grêmio foi campeão porque é um campeão sempre. Sua essência é a de um time vencedor e a postura tricolor dentro de campo mais uma vez provou isso. As lágrimas correndo pelos rostos dos jogadores significam não somente a dor da não-conquista, mas a compreensão de que os torcedores, únicos e inigualáveis, mereciam algo melhor. Esse reconhecimento é nossa grande vitória.Por isso, parabéns a todos. Parabéns aos atletas que deram o máximo de si em uma campanha magnífica. Por vezes derraparam, por vezes fraquejaram, mas souberam compreender o que significa ser gremista. Parabéns ao técnico Celso Roth, por superar um ambiente completamente contrário a si e realizar uma jornada acima de qualquer expectativa.E parabéns, acima de tudo, a essa torcida magnífica, a melhor do Brasil. Parabéns a cada um de vocês que apoiou, que acreditou, que não desistiu. Nas arquibancadas do Olímpico, com o radinho no ouvido ou simplesmente com o distintivo sobre o peito em algum lugar do mundo, parabéns e muito obrigado. São vocês, somos nós, que fazemos deste um clube diferente de qualquer outro. Somente nós conhecemos o orgulho de ser gremista.
Um orgulho que, certamente, verá muitas glórias no próximo ano.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ingressos esgotados para Grêmio x Galo

Estádio Olímpico estará lotado em mais uma batalha

Nós estaremos aqui apoiando nosso imortal até o final, quem saiu de Santa Rosa para ir olhar o jogo boa sorte, mas como diz a letra:

Mesmo não sendo campeão o sentimento não se termina

É chato esse Grêmio.

Por Silvio Pilau
Torcer pro Grêmio é um saco. Sério, a gente não consegue se livrar desse time. Quando pensamos que já era, que poderemos cuidar unicamente de nossas próprias vidas, lá vem o Grêmio respirar novamente e nos puxar mais uma vez para o Olímpico. Que time teimoso, Deus do céu. Não desiste nunca. Fica lá, mordendo os calcanhares dos adversários até o fim e, se deixarem, abocanha o troféu.Isso acontece em quase todos os campeonatos que o Grêmio disputa. Na fase de mata-mata da Libertadores do ano passado, por exemplo. Perdia fora de casa a primeira partida. Aí, fazíamos nossos planos para as futuras quartas-feiras à noite, acreditávamos que seria possível ver a novela, mas não. No jogo da volta, o Tricolor ia lá e fazia jus à alcunha de Imortal revertendo o resultado e se segurando por mais uma fase.É o mesmo caso dessa reta final do Campeonato Brasileiro. Quando tudo parecia ganho, começamos a perder. Depois do jogo contra o Cruzeiro, muitos acharam que não dava mais. Mas o Grêmio continuou. Após a partida contra o Figueirense, a maioria desistiu. O Grêmio não. Depois da goleada para o Vitória, toalhas tricolores tomaram o chão. No entanto, o Grêmio não se entregou, massacrou o Ipatinga e viu o Fluminense arrancar um empate contra o São Paulo.Então, como estamos? Estamos vivos, ainda. Não agüento mais. Queria estar jogando com reservas, não disputando o título. Mas o Grêmio não deixa. Chega à última rodada na cola do São Paulo, jogando um temor imenso sobre o Morumbi. Coitados dos jogadores são-paulinos. Esse Grêmio insuportavelmente chato não os deixa mais dormir sossegados. Até o próximo domingo, os atletas de lá vão sofrer de insônia, nervosos, pensando nesse time pé-no-saco para o qual a gente torce.Digam, quantos de vocês não tinha planejado ir para a praia no próximo final de semana? Viajar um pouco para arejar a cabeça, deixar de lado o stress do trabalho ou das aulas e curtir o mar? Aposto que muitos fizeram isso achando que o Grêmio estaria morto na próxima rodada. E agora? Vamos todos ter que reformular nossos planos e redefinir nossas agendas, pelo simples motivo de que o Grêmio não se entrega.Mas, já que é assim, estaremos lá novamente. Já que essa absurda teimosia faz parte da essência do Grêmio, só nos resta continuar ao lado desse time, apoiando como nunca e com um ouvido a quilômetros e quilômetros de distância lá na capital do Brasil. Só porque esse time não consegue desistir. Porque é um verdadeiro carrapato, que se agarra como louco à menor esperança. Só porque esse time, para desespero do São Paulo, ainda acredita que o título é possível e vai lutar até o final por ele.É chato esse Grêmio!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


O sonho segue vivo

Depois de garantir a vaga para a Copa Libertadores de 2009, o Tricolor chega vivo à última rodada do Campeonato Brasileiro. No próximo domingo, no Olímpico, a partir das 17h, a equipe de Celso Roth luta para conquistar o Tricampeonato do Brasileirão. A missão não é fácil, mas, dos 20 clubes que disputam a competição, apenas Grêmio e São Paulo seguem na briga.

Além de ter que vencer o Atlético Mineiro, o Tricolor terá que torcer para que o Goiás vença o São Paulo no estádio Bezerrão, no Distrito Federal. Independente deste resultado paralelo, o torcedor tem que fazer sua parte.

No próximo domingo, lugar de gremista é no Olímpico, ou em em casa no bar na igreja aonde for, vamos empurrar o time a mais uma vitória. Todas as atenções estarão voltadas para Porto Alegre. Vamos mostrar nossa força mais uma vez.

O sonho segue vivo e para o Grêmio nada é impossível. Todas nossas maiores conquistas se caracterizam pelas dificuldades, pela dramaticidade. Foi assim contra o São Paulo em pleno Morumbi em 1981. Foi assim contra a Portuguesa com aquele gol do Ailton em 1996. E será assim outra vez no próximo domingo. Você corre o risco de participar de um dos maiores feitos da história do Clube.

Algumas razões para tentar acreditar.

Por Cristiano Zanella

Era difícil...! Tornou-se possível! Mas, convenhamos, pouco provável. Nada mais do que isso. Os três pontos que nos separam do São Paulo e que prorrogam a decisão do campeonato para a última rodada ficaram para trás, em jogos contra Flamengo, Botafogo, Inter, e mais recentemente o Goiás, o Figueirense, o Vitória. Dos bambis ganhamos duas vezes! Contra Cruzeiro e Portuguesa, fora de casa, fomos ridículos. Parecia que tudo ia acabar ali, logo ali em frente, na próxima rodada. Mas o imortal se recusava a morrer. Bem, já não adianta lamentar o que passou; o time foi suficiente para garantir a Libertadores, não o título. Sempre apostei num tropeço do São Paulo, mas sabia que o Grêmio iria deixar escapar pontos nas rodadas finais. Aliás, tinha certeza! Agora é tentar buscar razões para – ainda – acreditar. E em se tratando do Grêmio, tem que se acreditar sempre!
Bueno: o primeiro passo é – evidentemente – lotar o Olímpico e fazer o serviço de casa, amassando o pão de queijo mineiro. Na convicção de que ganhamos nosso jogo, aí é botar fé na vitória do sempre traiçoeiro Goiás. O mesmo Goiás que há pouco nos surrupiou três pontos em casa, num jogo que não podíamos perder! O Goiás que no ano passado se manteve na primeira divisão contando com a ajuda do Grêmio! O Goiás do falastrão Hélio dos Anjos, do gremistão Paulo Baier, do bom goleiro Harlei, do ídolo colorado Gabiru!
Outro fator ao qual podemos nos apegar diz respeito ao duro golpe que atingiu o virtual campeão na rodada anterior, quando jogando mal, o poderoso São Paulo empatou com o Fluminense, em casa. A festa já estava armada, o chope encomendado, as camisetas confeccionadas, e o Flu foi lá e detonou com tudo, chutou a mesa da festa, derrubou o bolo no chão! Bem, se o líder São Paulo não ganhou do fraco Fluminense em casa, pode muito bem perder pro Goiás fora. Vale lembrar que, ao longo da temporada, o Goiás já bateu todos os integrantes do pelotão de frente: Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo. A semana vai ser de especulações, negociações, declarações polêmicas e de suaves secações. Só nos resta esperar...
Gremistas: o foco tem que estar dentro do campo! Já não depende apenas da gente, mas vamos botar fé, pensar positivo! Sinto novamente uma força estranha no ar... Que os deuses do futebol nos acompanhem em mais esta épica jornada! Domingo é dia de ver o mar azul colorir as ruas da cidade... Fé! Esta é a palavra!

Cristiano Zanella - jornalista

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vamos ajudar o Hospital Vida & Saúde

Vamos vencer mais enste Gre-nal, gremistas de Santa Rosa com o Sangue Azul, compre sua camisa no Hospital e vamos marcar esta caminhada com mais uma vitória da Nação Azul em Santa Rosa, mostrar que somos mais fortes e a maior torcida de Santa Rosa.

Fizeste o teu melhor, Grêmio.

Por Felipe Sandrin

Sento em frente ao computador, documento de word, uma folha branca e um texto a digitar, uma rotina diária que tornou-me mais analítico do que unicamente apaixonado. Penso no que poderia dizer a vocês, amigos gremistas que sofrem e torcem com a mesma força do que eu.
Faltam-me palavras – e quando alguns dizem que tenho o dom de dizer o que muitos pensam, eu mesmo me questiono: por que então me sinto sempre tão cheio de coisas a dizer? Por que diante tudo é tão difícil descrever o sentimento de ser gremista?
O que esperar para este ano? O que você, amigo tricolor, esperava do Grêmio neste Brasileiro? Sim, o futebol é uma caixinha de surpresas, cada jogo pode trazer um novo feito: mas, amigos, me digam como por 38 rodadas um time dado como medíocre conseguiu chegar à última rodada vivo, com chance de título, já classificado para uma Libertadores?
O Grêmio é incrível. Este clube só pode ter sido lapidado por mãos de deuses. Quem eram Réver, Victor, Pereira, Willian Magrão, Rafael Carioca? Em um campeonato sem grande estrelas, éramos até então o time de menos brilho. Digam-me um campeonato assim, que fez de um time medíocre o adversário a ser batido?
Porque nós nascemos da dificuldade: não há lágrima dada em vão porque o Grêmio sempre volta. Mais cedo ou mais tarde, conquista o impossível, o inigualável. Fazemos de um título não somente mais um título: fazemos com que, nos piores momentos, pensemos que um dia os mesmos deuses que fizeram este clube joguem nele. Por um segundo, um mísero segundo, eles vestem nossa camisa. E então escreve-se mais um capítulo inesquecível de nossa história.
Eu olho para os lados e, seja na derrota ou vitória, vejo que não estou sozinho. Sempre haverá um Olímpico lotado, uma rua repleta, um boteco entupido de gremistas apaixonados. E onde quer que eu esteja, sei que não estarei sozinho. Para chorar ou para sorrir, és tu, Grêmio, o meu maior e melhor motivo.
Com ou sem título, foi este um ano incrível. E eu sei que tu, Grêmio, assim como eu, fizeste o teu melhor.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

América, estamos de volta.Por Silvio Pilau

Por Silvio Pilau

Cada pessoa tem o seu lugar no mundo. Aquele espaço que gera apenas sentimentos maravilhosos e onde a vida faz completo sentido. Para alguns, é a própria casa, ao lado da família. Para outros, é o escritório de trabalho, onde põe em prática toda a ambição. Para outros mais, é em uma festa, cercado de amigos dançando até perder as pernas. Diferente para cada um, mas, sem exceção, todos nós temos aquele nosso cantinho favorito onde tudo se justifica.
E isso não ocorre somente com seres humanos. O Grêmio, por exemplo. O Tricolor já circulou por todo o planeta, conquistando títulos em terras longínquas. Já disputou diversos campeonatos, desde pequenos torneios que pouco valiam até as maiores glórias possíveis para um clube de futebol. No entanto, há uma competição em particular que é a razão de ser de todo gremista. Uma competição onde o Grêmio encontra sua verdadeira essência: a Libertadores da América.
A Copa não é somente um campeonato de futebol. Ainda que muito do aspecto de guerra que antes tornava-a a taça mais difícil para um clube tenha desaparecido, a Libertadores continua sendo uma provação e um desafio a todos que a disputam. Na Copa, uma equipe formada por atletas, por boleiros, jamais chegará ao título. São necessários homens de verdade, guerreiros de fibra e heróis destemidos, dispostos ao sacrifício e em busca de um lugar na história.
Por isso, o Grêmio é um dos clubes mais tradicionais da história do campeonato. São mais de dez participações, quatro finais e dois títulos. Momentos históricos como a batalha de La Plata (quando o Estudiantes ainda era um grande time) e o inesquecível duelo contra o Palmeiras em 1995. Sangue, pontapés, provocações, carrinhos e, ocasionalmente, um pouco de futebol. A trajetória gremista está completamente arraigada à história da Libertadores. Um precisa do outro. Um sem o outro parece uma cópia de algo vazio e sem essência.
Pois o Grêmio está de volta. A vitória de ontem contra uma das piores equipes que já vi jogar carimbou a passagem Tricolor para a Libertadores. Se o título virá, isso é algo que somente será decidido no próximo domingo. As esperanças voltaram a se reacender. Poucas, ínfimas, mais que teimam em não morrer. Porém, a disputa da Libertadores em 2009 já está garantida e, convenhamos, isso já é muito mais do que imaginávamos no início do campeonato.
Então, resta-nos a esperança de que a direção entenda o sentimento dos torcedores em relação à Libertadores. Resta-nos acreditar que eles compreendam a importância dessa competição e não poupem esforços para construir uma equipe realmente capaz de disputar o título. E resta aos adversários começarem a se preocupar. Resta à América se precaver, pois o Grêmio está de volta.

Paulo Baier fala em entrar para a história de Grêmio e Goiás

Em entrevista ao jornal Zero Hora, o meia Paulo Baier afirmou que sabe da importância que o Goiás terá na última rodada do Campeonato Brasileiro quando enfrenta o São Paulo, no Bezerrão. Gremista de coração, como se intitula, o jogador de 34 anos e natural de Ijuí deixou claro que fará o possível para vencer o Tricolor paulista e ajudar o clube gaúcho a levantar a taça de campeão nacional. Além disso, pretende quebrar a marca de maior artilheiro do Goiás em Campeonatos Brasileiros.
“Nem quero dinheiro. Quero dar o título de presente a meu pai. Sou gremista, todos sabem disso, e sei que vou entrar para a história do Grêmio se ajudarmos na conquista deste título. Também quero entrar para a história do Goiás. Preciso marcar mais um gol para passar o Araújo e ser o maior artilheiro do Goiás em campeonatos brasileiros”, disse Paulo Baier.
Para esse confronto no Distrito Federal, o técnico Helio dos Anjos não contará com o atacante Iarley, que recebeu o terceiro cartão amarelo diante do Flamengo.