terça-feira, 28 de outubro de 2008
Tranqüilo e misterioso, Grêmio embarca com antecedência para decisão em BH
Sorridentes, jogadores são abordados por torcedores. Time viaja cheio de indefinições para jogão contra o Cruzeiro
Tcheco exerce a função de capitão até no aeroporto
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Jogo a jogo.
Claro que o momento é de ansiedade. Faltam apenas sete rodadas para a definição da competição mais importante do futebol brasileiro e o Grêmio é, sim, o maior candidato ao título. A torcida, os jogadores, a comissão técnica, todos começam a vislumbrar a possibilidade concreta de comemorar o tricampeonato nacional. É inevitável. Por mais que se tente manter os pés no chão, flashes deste possível futuro passam por nossa mente.
Por isso, acima de tudo, o momento é de calma. Deve ser. Faltam apenas sete partidas. Seiscentos e trinta minutos, segundo meus cálculos rápidos feitos de cabeça. É preciso serenidade, sabedoria e experiência. Saber que o título está próximo e tem tudo para vir parar no Olímpico, mas que está, ao mesmo tempo, muito distante. Ainda temos sete montanhas para escalar e um tropeço para colocar por terra tudo aquilo que foi construído até aqui.
O Grêmio não vem jogando bem. Isso é fato. E, de certa maneira, algo que pode ajudar, uma vez que impede a acomodação e o salto alto. Sabendo que algo está errado, o trabalho será forte para corrigi-lo. É exatamente isso que o Grêmio precisa neste momento: foco. Concentração. Não podemos deixar uma vitória nos deslumbrar, assim como não se pode permitir que uma eventual derrapada acabe com todas as esperanças. É necessário trabalho, por parte dos jogadores e comissão, e apoio, por parte da torcida.
Como? Jogo a jogo. Pensar uma partida de cada vez. Sei que é difícil, em um campeonato como esse, jogar trinta e oito partidas como se fossem decisões. Porém, agora que faltam apenas sete rodadas, acredito ser possível fazer tal pedido. Acredito ser possível disputar cada um dos jogos restantes como uma verdadeira final, como um mata-mata decisivo, no qual não se pode ceder um centímetro de campo e que nada mais importa além da vitória, venha como vier. Por um a zero, jogando mal, com gol contra, desde que ela venha.
É assim que o Grêmio deve encarar o restante do campeonato, a começar pelo duelo no Mineirão contra o Cruzeiro. Além de uma partida importante por estar na reta final do campeonato, é contra um dos adversários ao título. Uma verdadeira final, e deve ser encarada e jogada dessa forma. Seria inadmissível, em um momento como esse, ir a Belo Horizonte para buscar um ponto. O objetivo é a vitória. Três pontos, fundamentais agora. Quarta-feira, o jogo mais importante do ano para o Grêmio.
Como serão todos os outros a partir de agora.
Grêmio não tem folga e viaja já nesta 2ª para encarar o Cruzeiro
Jogo a jogo.
Por isso, acima de tudo, o momento é de calma. Deve ser. Faltam apenas sete partidas. Seiscentos e trinta minutos, segundo meus cálculos rápidos feitos de cabeça. É preciso serenidade, sabedoria e experiência. Saber que o título está próximo e tem tudo para vir parar no Olímpico, mas que está, ao mesmo tempo, muito distante. Ainda temos sete montanhas para escalar e um tropeço para colocar por terra tudo aquilo que foi construído até aqui.
O Grêmio não vem jogando bem. Isso é fato. E, de certa maneira, algo que pode ajudar, uma vez que impede a acomodação e o salto alto. Sabendo que algo está errado, o trabalho será forte para corrigi-lo. É exatamente isso que o Grêmio precisa neste momento: foco. Concentração. Não podemos deixar uma vitória nos deslumbrar, assim como não se pode permitir que uma eventual derrapada acabe com todas as esperanças. É necessário trabalho, por parte dos jogadores e comissão, e apoio, por parte da torcida.
Como? Jogo a jogo. Pensar uma partida de cada vez. Sei que é difícil, em um campeonato como esse, jogar trinta e oito partidas como se fossem decisões. Porém, agora que faltam apenas sete rodadas, acredito ser possível fazer tal pedido. Acredito ser possível disputar cada um dos jogos restantes como uma verdadeira final, como um mata-mata decisivo, no qual não se pode ceder um centímetro de campo e que nada mais importa além da vitória, venha como vier. Por um a zero, jogando mal, com gol contra, desde que ela venha.
É assim que o Grêmio deve encarar o restante do campeonato, a começar pelo duelo no Mineirão contra o Cruzeiro. Além de uma partida importante por estar na reta final do campeonato, é contra um dos adversários ao título. Uma verdadeira final, e deve ser encarada e jogada dessa forma. Seria inadmissível, em um momento como esse, ir a Belo Horizonte para buscar um ponto. O objetivo é a vitória. Três pontos, fundamentais agora. Quarta-feira, o jogo mais importante do ano para o Grêmio.
Como serão todos os outros a partir de agora.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Convocação
Isto não é uma coluna. É, como o título afirma, uma convocação. Não quero divagar aqui sobre as derrapadas gremistas que ameaçam o título nacional mais fácil dos últimos anos. Também não pretendo analisar os adversários que restam nesta difícil reta final que teremos pela frente. E certamente não tenho a menor vontade de falar sobre política e sobre as eleições para presidente, marcadas na pior época possível para o clube.
Quero, simplesmente, convocá-los.
Hoje, a partir das 20h30, em um estádio que presenciou momentos que estão gravados em todos os nossos corações, o Grêmio joga a partida mais importante do ano até o momento. Em um momento de dúvida e de pressão, o duelo contra o Sport assume ares definitivos, sejam eles promissores ou desalentadores. Uma vitória, de preferência convincente, pode reacender a confiança da torcida na equipe, fundamental para as últimas sete partidas. Uma derrota – ou até mesmo um empate – é capaz de sepultar de vez as esperanças do título.
Eis a relevância de partida de hoje. Eis a relevância do apoio absoluto de cada um de nós. Hoje à noite, esqueçam o ranço renitente em relação Celso Roth. Esqueçam o pé atrás quanto à qualidade da equipe. Esqueçam as contas a pagar do colégio dos filhos e a prova de amanhã na faculdade. Esqueçam os comentários óbvios dos rivais. Esqueçam quem vocês são. Seus nomes, seu passado. Hoje, convoco-os para sejam, única e exclusivamente, gremistas. Para que sejam – sejamos – um só, no Olímpico ou em frente à televisão em uma cidade distante.
Gremistas, todos.
Convoco-os para que lembrem daquilo que os fez gremistas. Do sentimento inigualável de vestir uma camisa gloriosa. Convoco-os para que provem, novamente, não serem torcedores somente de vitórias. Para que gritem, cantem e vibrem mais do que noventa minutos como somente os gremistas sabem e conseguem fazer. Convoco-os para que tragam ao Olímpico os mais de cem anos de história tricolor, bons e maus momentos. Aprendizados que forjaram um clube de coragem e uma torcida única.
Convoco-os para que façam ressurgir o espírito daqueles que aqui fizeram história. Dos que sangraram para nos dar um título, dos que gritaram com companheiros que faziam corpo mole e dos que dão carrinhos não para agradar a torcida, mas porque acreditam que todo lance é possível. Convoco-os para buscarem dentro de si aquele orgulho que brilhou em nosso peito tantas outras vezes, junto à sensação de que, quando todos os gremistas se unem, ninguém consegue ficar em nossa frente. Convoco-os para que sejam gremistas.
É o que precisamos. Se mantivermos este sentimento vivo por oito jogos, o título será nosso.
Grêmio X Sport
Para a partida desta quinta-feira, Celso Roth tem motivos de sobra para comemorar. Além de não ter desfalques para a partida e contar com a volta do capitão Tcheco, que volta de suspensão, o treinador tem aquele problema que todo técnico gosta de ter: excesso de opções. Com a volta de Tcheco, falta uma vaga no meio-campo da equipe, que vinha sendo muito bem representado pelo garoto Douglas Costa, destaque da equipe nas últimas partidas. Uma das alternativas estudada por Roth é a entrada de Tcheco no lugar de Pereira, o que forçaria o treinador a mudar o esquema tático para o 4-4-2.
Com várias opções para escalar a equipe, o treinador Celso Roth mantém o mistério sobre a escalação da equipe, que também pode ter uma outra surpresa: a volta do colombiano Perea à equipe titular. Retornando de contusão, o atacante colombiano já voltou a atuar contra a Portuguesa, mas apenas na segunda etapa. Caso opte por manter a formação anterior, Roth deve manter Soares no ataque ao lado de Morales.
Sport tem problemas para a partida
Para a partida desta quinta-feira, o Sport só pensa na vitória. Tudo porque a equipe pernambucana está em má fase e não vence há cinco rodadas. No entanto, para voltar a vencer, o treinador Nelsinho Batista tem problemas para escalar a equipe. Sem contar com o atacante Roger, expulso contra o Náutico, e o lateral Sidny, suspenso pelo terceiro amarelo, o comandante do rubro-negro deve promover a entrada de Cássio Lopes na ala e do ex-corintiano Wilson no ataque.
Esperando uma verdadeira batalha nesta quinta-feira, o volante Andrade falou da expectativa dos jogadores do Sport para a partida. Nesta quarta, o jogador ainda procurou exaltar as qualidades da equipe gaúcha, atual líder da competição.
“Com certeza. É uma equipe muito forte fisicamente, e temos que nos igualar na força e na disposição. Vamos tentar sair da marcação para desmontar o sistema defensivo deles. Acho que esse é o caminho para o Sport alcançar a vitória: sair rapidamente com a bola por trás para, no contra-ataque, poder surpreendê-lo”, afirmou o jogador.
FICHA TÉCNICA
GRÊMIO
Victor; Leo, Pereira (Douglas Costa) e Réver; Felipe Mattione, Rafael Carioca, William Magrão, Tcheco e Hélder; Soares (Perea) e Morales.
Técnico: Celso Roth
SPORT
Magrão; César, Igor e Durval; Cássio Lopes, Andrade, Sandro Goiano, Fumagalli e Dutra; Carlinhos Bala e Wilson.
Técnico: Nelsinho Batista.
Dirigentes garantem construção da arena ao comitê gaúcho da Copa 2014
Fuzarca toda deles. Responsabilidade toda nossa.
Não é exclusividade nossa o time se tornar um espelho das características do seu povo. Se os jogadores do Grêmio tendem a incorporar rapidamente valores e ideais que nem percebem, vindos de onde vierem, percebe-se que algo parecido acontece por aquelas bandas. Já é de tradição esse futebol taquicardíaco do rubro-negro da Veneza brasileira. Uma correria quase inconseqüente influenciada pelo ritmo do frevo e de uma torcida que de tão apressada nem fala o nome completo do “Spó! Spó! Spó!”. O resultado é um time inteiro de Carlinhos Balas.
Agora, acrescente-se a esse fato a total falta de responsabilidade e faceirice de quem já está classificado para sua segunda Libertadores, ainda mais a partir do momento em que não era mais possível o título e nem o rebaixamento. O Sport enfrenta o Grêmio sem nada com que se preocupar, se alguém tomar cartão não tem porque tirar o pé no lance seguinte, se tomar um gol vai atrás do empate, se fizer um gol vai atrás de outro. Tudo às brinca contra um Grêmio com 12 pendurados que SÓ pode ganhar.
Menos mal que o jogo é aqui e não naquela espécie de Bento Freitas do nordeste. Não teremos aquele locutor de rodeio e as nem as buzinas para abrilhantar o espetáculo. Mas isso só vai se tornar uma REAL vantagem se a torcida se der conta da complexidade deste enfrentamento para o líder do campeonato. O Grêmio já é o mais visado, prejudicado, secado e corneteado por estar nesta posição. A última coisa que precisamos numa situação destas é de torcedor que espera que o Grêmio faça por ele o que ele não faz pelo Grêmio.
Que as dúvidas fiquem só para dentro de campo, onde já há o quebra-cabeça de como re-encaixar o Tcheco no time. Entrada simples no lugar de Douglas? O perigo da mudança no esquema à essa altura do campeonato? Manter o esquema e usar Tcheco recuado no lugar de Magrão ou Rafael? Barbada não ter responsabilidade hein? Essa é a do Roth. Os jogadores tem a deles e tu também tem a tua.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Revolta de um TRICOLOR
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Teste Psicotécnico para auditores do STJD
Pergunte a esta pessoa, quem ela puniria neste lance :
Se a resposta for:
a) Jogador de vermelho:
Este campeonato está ficando cada vez mais interessante de ganharmos.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Sexteto não perde uma partida sequer do Campeonato Brasileiro-2008
Uma das revelações do líder Grêmio, Rafael Carioca comemora o fato de ser o único atleta de linha a ter jogado em todas as rodadas do Brasileirão, sem suspensão por cartões e lesões.
Caroline Alves - Vote na Musa Tricolor
Roth aumenta elogios à jóia gremista: 'Douglas tem a irreverência do futebol'
Douglas Costa se inspira em revelações gremistas e aponta novos talentos
Saudades da paranóia
Não que haja necessariamente algum beneficiário direto com isso. Quem mencionou a expressão “esquema traffic” não foi este blogueiro e nem outro Gremista, foi um palmeirense aqui nos comentários, explicando a parceria e os interesses de vários investidores no sucesso daquele time. O papel dos outros clubes, na verdade, é fazer a parte deles e ficar de olho no sucesso da operação gremiofobia para disputar a tapa o benefício indireto.
Poderiam ser instaladas arquibancadas e cobrado ingresso no STJD com tantos interessados nas próximas atrações do “Schmitt Show” que incluem agora: Léo, pelo mesmo ato inocentado de Diego Souza e Morales por ter cometido uma falta que parece um cafuné se comparada a sarrafada dupla que o Soares recebeu do Eller contra o Santos. Só que o mais tragicômico foi reservado ao melhor jogador do Grêmio no campeonato. Rever foi indiciado por empurra-empurra dentro da área com Carlos Alberto.
Também não deixe os butiás caírem do bolso se o Grêmio perder mando de campo pelo despreparo do Beira-Rio para receber clássicos e da BM para lidar com pessoas. Ou quem sabe por ter cumprido a lei de identificar e encaminhar para indiciamento o ananá que jogou uma bombinha no campo e ainda tomou uns merecidos croques da torcida.
Depois neguinho vem me perguntar se eu vi o que o Milton Quem falou do Grêmio no dia tal e no programa tal. Tem que ter muito tempo sobrando ou uma TV de um só canal para assistir um programa apontado como líder de baixaria pela Comissão de Direitos Humanos. Eu estou mais preocupado é com o direito de ser paranóico que me tiraram.
sábado, 11 de outubro de 2008
Passe adiante.
Por Eder Fischer
Na última quinta-feira, tirei folga. Já tinha planejado tudo desde segunda-feira, pensei: tenho algumas horas para tirar, vou ao jogo quarta-feira, saio 5 minutos antes, pois aos quarenta do 2º tempo já vai estar no mínimo uns 2x0 pro Tricolor, assim chego na parada uns 15 minutos antes de passar meu ônibus - havia ligado antes para o 0800 da empresa para certificar-me do horário da última viagem sentido centro-bairro -, no outro dia, levo minha filha na creche, volto pra casa, recupero o sono perdido, acordo umas 11 horas (eu estou com uns quatro dias de sono atrasado), almoço qualquer coisa, levo a Suzi, como chamo a minha moto, Suzuki intruder, no mecânico, volto pra casa, pego minha filha mais cedo na creche, curto o resto do dia com ela e, à tardinha, quando ela dormir, escrevo o meu texto para a coluna de sábado, provavelmente sobre a vitória do Palmeiras com a ajuda da arbitragem e nosso retorno à liderança na próxima rodada. Tudo programado. Na segunda-feira, quando planejei tudo, já pude experimentar a sensação de estar tudo feito, como quem põe uma moeda na máquina e só espera a Coca sair lá embaixo, geladinha. Porém, como estava escrito em uma mensagem de MSN de uma adolescente: vida é o que acontece enquanto planejamos o que fazer com ela. Como Gremista, deveria saber disso, mais do que ninguém.
Quarta-feira, 8 de outubro
17 horas: Entrei no site do Grêmio para comprar meu ingresso como sempre faço. Fiz todos os passos, tela de usuário e senha, depois escolhi o setor, arquibancada é lógico, forma de pagamento, senha do cartão, confirma, aguarda, aguarda, ampulheta girando na tela e... escuro? Putz! É interessante como sempre alguém anuncia o óbvio, e naquele dia não foi diferente. Meu colega gritou: "Faltou luz!" Pensei: E agora? Será que eu consegui comprar? Muita gente desesperada, entre um “puta merda! acho que eu não salvei” e outros “liga e diz que vai atrasar”, lá estava eu com uma preocupação totalmente alheia. Respirei fundo e retomei uma serenidade zen em meio aquele caos. Contei meu dinheiro, R$ 17,50 e um ticket alimentação no valor de R$ 9,00. 17,50 menos 4,20 (valor da passagem de ida e volta) 13,30. Chegando lá, tento entrar, e se não der, peço pro meu amigo emprestado R$1,70 e compro meu ingresso. Volto ao mundo externo quando o Hino do Grêmio toca em meu celular, era o meu amigo. Deixo tocar alguns segundos antes de atender porque, sempre ao ouvirem o hino no meu telefone, meus colegas gremistas param o que estão fazendo e levantam a mão direta, e os colorados ficam P... mas não deixei tocar muito aquele dia.
-Eaeeeeee Rafa!? Fala, irmão! Vamô ganha hoje?
O tom de sua voz dispensava a resposta:
- eaê...
tentando impedi-lo de dar a noticia inevitável falei em tom quase ameaçador:
- Iiiii.... não vai dize que vai amarelar.
Mas, como sempre, foi em vão
- Ba, nem me fala véio. Fiquei engatado aqui no trampo, não vai rola hoje.
Agora, em tom de consolo respondi.
- Poow... bah, que pena cara, mas não esquenta, fica pra próxima então.
Tava decidido. Não ia ser um e setenta que estragaria todo o meu planejamento.
19 horas: Estava me dirigindo à parada quando um ex-colega me ligou.
-Fala, meu bruxo
Disse ele, com um som ao fundo que eu conhecia bem.
- Eaê, Alessandro! Tá no Olímpico, meu?
Perguntei, já com o animo recobrado.
-O que tu achas?
- Mazaaaa, to indo pra i. Me espera ali no 10.
De longe, avistei o cara e seu filho, o Wellington, de 9 anos. Isto significava uma coisa. Ele não vai na Geral. Mas tudo bem, o guri é gente fina pra caramba, mais torcedor do que muitos que estavam na nossa volta. Além do mais, o piá era pé quente. Cheguei nas catracas, passei o cartão, e nada, o cara olhou pra mim e disse: "Vira ele". Então apareceu no visor de LCD das catracas aquela frasesinha mágica: “Bom jogo, Eder”.
Ficamos na arquibancada, escorados na grade acima do portão central, bem no meio do campo, a melhor visão do jogo das arquibancadas.
Dali onde estávamos, dava pra ver a festa da Geral, deu pra ver também que ela está aumentando. Há alguns anos, ela ocupava todo o fundo do campo. Hoje, já fez a curva e dirige-se para o centro. Confesso que, ali onde eu estava, a torcida não é tão participativa, mas quando eu notava que dava uma “caída”, cantava mais alto, e quando percebia que a empolgação ia caindo, gritava: VAMO CANTA, CA**LHO!. O Wellinton me acompanhava, aos poucos fomos conquistando uns simpatizantes.
Bem, não precisa dizer que o jogo não foi barbada e não saí antes, pelo contrário, ainda fiquei alguns minutos cantando: ô tricolor, amo você...
Me despedi e fui correndo para a parada. Atravessando a rua, pude ver o meu ônibus (O ÚLTIMO) saindo. Peguei o “pinheiro” que passou uns 15 minutos depois, desci perto da Antônio de Carvalho e peguei um táxi. No caminho fui pensando que as coisas não haviam saído como planejado, mas saíram.
Quinta-feira, 9 de outubro
8 horas: Deixei a Victória na creche e voltei pra casa, dei uma olhada na Internet e, quando percebi, já se passava das dez horas, lá se foi meu sono da manha.
12 Horas: Descubro que não há nada para comer. Tudo bem, no caminho para a mecânica, páro em algum lugar e faço um lanche.
14 horas: Estou empurrando minha moto na Bento Gonçalves, pois ela apagou e não pegou mais. Só mais uns 4 ou 5 km e eu chego na mecânica. PQP!
14:10: Um motoqueiro para e pergunta se to precisando de gasolina. Eu digo que o problema deve ser o carburador e que estava justamente levando a moto para consertar. O cara, sem pensar, disse: "sobe ai que te empurro". Então, ele botou o pé direito no estribo do carona e me empurrou uns 4 quilômetros. Quando chegamos, quis pagá-lo. E ele me disse: "Guarda o teu dinheiro. Quando tu ver outro motoqueiro precisando, tu ajuda também."
Esta frase me fez pensar enquanto empurrava a moto nos 200 metros restantes.
Se todo mundo passasse adiante algo bom que nos foi feito, moraríamos num mundo bem melhor. Linkei este fato com a Geral do Grêmio, que vem conquistando novos adeptos, aumentando de tamanho a cada jogo. Se você, que adora ver e falar da nossa torcida para os outros, além de cantar junto, tentar motivar alguém do seu lado a cantar também e esse alguém incentivar outra pessoa, até o final do ano, quem sabe, teremos uma torcida única nas arquibancadas, uma Geral que vai de goleira a goleira no Olímpico. E isto não é utopia, é bem possível. Só que para acontecer, é necessário que você passe adiante.
Desculpem mas o texto também saiu muito maior que eu imaginava.
Torcida adota Douglas Costa
No 1º turno Grêmio não perdeu para nenhum dos rivais que faltam
19/10 - Portuguesa x Grêmio
23/10 - Grêmio x Sport
29/10 - Cruzeiro x Grêmio
02/11 - Grêmio x Figueirense
09/11 - Palmeiras x Grêmio
16/11 - Grêmio x Coritiba
23/11 - Vitória x Grêmio
30/11 - Ipatinga x Grêmio
07/12 - Grêmio x Atlético-MG
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Jornada excêntrica
Aliás, tudo aconteceu em um jogo que pode ser definido como qualquer coisa, menos previsível. O único vislumbre possível, o primeiro gol de Morales com a camisa tricolor, aconteceu logo há três minutos. Depois, tudo se tornou um festival do insólito até o último minuto. Tanto o Grêmio poderia ter goleado, como o Santos poderia ter cometido o crime.
O mais provável era Douglas Costa ter uma certa retração natural após a estréia contra o Botafogo, até se percebeu isso no primeiro tempo, mas o provável não estava lá. Douglas voltou do intervalo justificando o ingresso ou a mensalidade do mês de quem estava lá. Um gênio (fico por aqui nos adjetivos para não contribuir no estrago do guri), de 18 anos que comandou o meio de campo 100% prata da casa onde Rafael e Magrão já parecem veteranos.
O que contribuiu muito para esta jornada Stephen King da noite de ontem foi a dissonância da zaga em relação ao restante do time. Era visível desentrosamento entre Thiego e Jean. Cada subida de Rever para o ataque era acompanhada do temor do contra-ataque santista com os dois cuidando da casa.
A arbitragem como não podia deixar de ser, também deu sua parcela de emoção ao jogo. Tenta-se, mas é um esforço cada vez maior não falar dela em qualquer resenha deste campeonato. A que ponto chegamos: desta vez podemos comemorar o fato dela ter errado democraticamente. Cada um com seus problemas e reivindicando seu próprio pênalti não marcado. Bonito isso. Excêntrico também.
Gremistas de Santa Rosa prometem 'peixe frito' depois do jogo com o Santos
Gremista Soares agradece ao Figueirense por segurar o Palmeiras em Florianópolis
- Foi bacana a ajuda deles. Durante a semana, falei com alguns amigos do Figueirense e disse: 'Pô, não deixem o Palmeiras ganhar'. Eles ajudaram mesmo - brinca Soares, autor do segundo gol gremista sobre o Peixe.
Passados os dois jogos em casa, com duas vitórias seguidas, o Grêmio encerra o período de concentração prolongada (140 horas, no total), já que terá uma semana e meia de preparação para o próximo confronto, contra a Portuguesa, no domingo da semana que vem, no Canindé. São dois pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Palmeiras, que tem clássico no mesmo dia com o São Paulo.
Douglas Costa volta a brilhar e recebe nova carga de elogios
- Ele ainda é um menino. O melhor de tudo é que ainda pode produzir mais. Na minha opinião, ele foi um pouco melhor do que no último jogo. Ele pode dar toda essa qualidade com mais freqüência. É um jogador que também tem consciência tática, até porque o biotipo facilita. O jogo deve ter sido ótimo para ele, porque aprendeu coisas novas - afirma o treinador.
A qualidade de Douglas Costa criou um problema para Roth. O que fazer com Tcheco, que joga na mesma função do guri e volta de suspensão no próximo jogo, contra a Portuguesa? Pelo jeito, Douglas seguirá como titular.
- A presença do Douglas independe de uma nova situação. Tem sido esse o procedimento aqui no Grêmio. Ele mostrou muita eficiência no 3-5-2, um esquema que prejudica o meia. E o Tcheco também é titular. Vamos ter que analisar essa situação - comenta o treinador.
Uma alternativa é Tcheco atuar como segundo jogador na meia-cancha, em uma função mais defensiva. A possibilidade de Douglas Costa ir para o ataque está descartada.
- Jogar de costas seria complicado para ele. É um jogador que está mostrando muita qualidade na função dele. Não vamos inventar nada.
O treinador terá uma semana e meia para decidir o que fazer com Douglas Costa e Tcheco. O próximo jogo é no domingo da semana que vem, no Canindé.
Celso Roth comemora: 'Vitória perigosa, mas digna do Grêmio'
'Palmeiras pensou muito no Grêmio'
Morales começa a mostrar serviço
Em seu segundo jogo como titular do Grêmio, gigante uruguaio marca primeiro gol e se movimenta bastante
Eufórica, torcida tricolor manda o recado: 'Tá chegando a hora'
Respeitem os mais jovens.
Quando somos crianças, nossos pais e tias do colégio ensinam uma série de lições para levarmos por toda a vida. São aprendizados que farão diferença para um adequado convívio social, em termos de solidariedade, humanidade e compaixão. Dentre eles, um dos mais importantes é aquele que ensina que é preciso respeitar os mais velhos. É uma veneração que eles conquistaram e nada mais justo do que tratá-los como merecem.
Pois o Grêmio está derrubando essa regra. Há duas rodadas, quando caímos fragorosamente diante do maior rival, a torcida inteira clamou por mudanças. Muitas sugestões surgiram, idéias pulularam e reclamações brotaram como plantas férteis do chão. Cada um tinha a sua opinião sobre o que precisava ser mudado, inclusive Celso Roth. Mas a mudança do treinador não foi tática. Não foi primariamente técnica. Foi uma mudança, acima de tudo, de fôlego.
Celso apostou na gurizada.
O longo campeonato parecia ter desgastado alguns jogadores. O Grêmio das últimas rodadas não era o mesmo do início do torneio. O ímpeto, a raça e a gana de vencer arrefeciam a cada nova rodada. Roth percebeu isso. Percebeu que era preciso sangue novo. Que o momento urgia por renovação. Tal qual um final de segundo tempo com atletas já cansados, Roth deu-se conta de que era necessária substituição para dar novo gás à reta final.
A equipe do Grêmio que entrou em campo contra o Botafogo e o Santos trazia mais da metade de jogadores recém-saídos da categoria de base. Guris crescidos no próprio Olímpico, com o espírito gremista que incendeia cada um de nós nas arquibancadas ainda forte no peito. Além das afirmações que já vinham jogando, os acréscimos de Felipe Mattioni e Douglas Costa. Uma molecada boa de bola, repleta de saúde e vontade de mostrar esforço.
Douglas, um talento bruto que ainda será lapidado. Mattioni, lateral veloz que pode se tornar ainda mais útil quando trabalhar a marcação. Léo, o zagueiro que já nasceu experiente. Magrão, o volante que, apesar de ter voltado mal após a lesão, é um dos grandes destaques do campeonato. Hélder, o novo titular. E Rafael Carioca, um monstro do meio-campo que certamente chegará ainda longe.
Ao lado deles, em meio às espinhas e barbas que começam a crescer, a liderança dos vovôs experientes Tcheco, Pereira, Réver o resto da equipe. Réver, aliás, merece algumas linhas de prestígio. Tem sido um gigante. Em minha opinião, o melhor jogador do Grêmio nas duas últimas partidas. Impecável e implacável na marcação, talentoso na saída de bola e até se arriscando no ataque, tendo decidido a partida contra o Botafogo.
Se a gurizada é a resposta até o final do campeonato, não sei dizer. Talvez não seja. Talvez seja fundamental retornar à experiência nas partidas mais decisivas. Mas eles eram a aposta para o momento. E deram resposta. Sabemos que é possível confiar no talento desses jovens quando chegar a hora deles. Entraram bem, pedindo passagem. Entraram pedindo respeito. Entraram quebrando uma das leis básicas da nossa sociedade. Entraram gritando em seus imberbes pulmões:
- Respeitem-nos. Respeitem o Grêmio. Respeitem os mais jovens.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Souza e Perea ficam fora contra o Santos
Ausência do meia inviabiliza mudança de esquema para o 4-4-2. Soares deve acompanhar Morales no ataque
Grêmio encara o Santos para retomar a liderança
NOVIDADE NO BANCO GREMISTA
Nos pés do menino.
Por Felipe Sandrin
Todos nós gremistas já vimos o Grêmio renascer, conhecemos nossa força e dela tiramos este desígnio de nunca nos entregarmos. O Grêmio mágico que emerge do mais profundo inferno e glorifica-se nos céus é a constância que mantém nosso sentimento de imortalidade. Mas tamanhos feitos não surgem apenas porque queremos. É necessário mais do que simplesmente querer. É necessário que algo do tamanho de nossa fé se materialize: o ato que preceda o milagre.
Quem viu a partida de sábado talvez já entenda do que estou falando. Douglas Costa, um gremista que desde pequeno acompanha o clube das arquibancadas do Olímpico. Um garoto com um sonho, com um sincero desejo de ver materializar-se a mágica que só o Grêmio é capaz. Um garoto de 18 anos que treinou sua vida inteira esperando a oportunidade de mostrar o porquê merece vestir nossa camisa.
Para os que pensam que exagero, digo que revejam os lances da partida, onde um garoto em seu primeiro jogo, diante da responsabilidade de manter o clube vivo na briga pelo título, estreou fazendo gols e dando passes que pouquíssimas vezes neste mesmo campeonato vimos algum jogador do Grêmio fazer. Um garoto de 18 anos, que muitos apontam como um novo Ronaldinho – em talento, não em trairagem – entra numa partida decisiva, com toda responsabilidade de criação de jogadas e por nem um minuto se abstém de tamanha responsabilidade.
O Grêmio que padecia nesta segunda fase, era o Grêmio já desenhado da primeira. Todos os adversários sabem como jogamos, conhecem cada uma de nossas jogadas, pontos fraco e fortes de cada jogador. O Grêmio que decaía a cada partida era o Grêmio que havia muito não se renovava. Douglas trouxe mais do que sua habilidade precisa, ele veio trazendo a renovação, a esperança de surgir um novo ídolo para o qual podemos voltar nossos olhos, esperando, mendigando uma jogada brilhante, um lance que decida.
Douglas trouxe mais do que a própria vitória contra o Botafogo traria: vem dos pés dele a esperança que faz com que sigamos acreditando neste título. Porque se nossa maior força vem das arquibancadas, nada melhor do que alguém que saiu de lá, alguém que entende nossa força, e sabe do que o Grêmio é capaz.
Jurídico tricolor não acredita em interdição do Olímpico
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Glória em três atos.
Não sei se vocês lembram, mas, logo após Batalha dos Aflitos, um jornal, acredito que britânico, publicou uma reportagem comparando o Grêmio a Rocky Balboa. Sim, o Garanhão Italiano da série de maior sucesso da carreira de Sylvester Stallone. A matéria fazia uma analogia entre a capacidade de Balboa em apanhar durante uma luta inteira para, no final, juntar forças não se sabe de onde e derrubar o adversário de uma vez por todas.
Trago esta lembrança à tona porque a trajetória gremista em 2008 também pode ser comparada à Sétima Arte. No caso, não digo exatamente a Rocky Balboa, mas à própria estrutura da imensa maioria dos filmes e histórias em geral, divididos em três atos. Claro que isso muito varia – por vezes, os três atos são claros; em outras, menos perceptíveis; e há também as produções nas quais esta divisão não existe.
O Grêmio atual encaixa-se na primeira opção. A jornada da equipe no Brasileirão é um caminho em três atos escancarados, tal qual um filme hollywoodiano no qual o mocinho vence ao final. É uma produção modesta, mas realizada por artesãos competentes, que conquista as platéias e leva-as a grandes e inimagináveis emoções. Os dois primeiros atos já foram deixados para trás. O terceiro começou no último sábado às quatro horas da tarde.
Senão vejamos. O primeiro teve início lá pelas bandas de maio. Foi o momento da apresentação dos personagens e da trama. Começaram a pintar alguns dos candidatos ao título e ao rebaixamento. O Grêmio aninhou-se no grupo de cima, mostrando que não entrava para figurar, mas para brigar pelo posto mais alto. Assim, foi indo, surpreendendo, assumindo a liderança e firmando-se ao lado dos prováveis campeões.
Eis que começa o segundo ato, o das dificuldades. O caminho do mocinho jamais é ausente de percalços. Fosse assim, qual seria a graça da história? Então, o Tricolor começou a tropeçar. Perdeu uns pontinhos aqui, foi abatido ali, caiu inclusive dentro de casa. Este segundo ato trouxe dramaticidade e emoção à narrativa. Mais do que isso, plantou as sementes para o promissor ato final. Mas, para isso, era preciso um momento definitivo. Uma situação que fizesse com que o mocinho, no caso o Grêmio, acordasse para dar a volta por cima.
Veio, então, o Gre-Nal.
A goleada para o maior rival foi exatamente a porrada que o Tricolor precisava. Foi o ponto de transição para encerrar de vez as dificuldades do segundo ato para começar o terceiro, onde tudo novamente se acerta e encerra com o final feliz. O terceiro ato começou no sábado, com a vitória contra o Botafogo. Com o orgulho abalado, os jogadores, comandados por uma gurizada de talento, deram a volta por cima, conquistando aquela que talvez seja a vitória mais importante do Grêmio em todo o campeonato.
Não falta muito para o filme acabar. No terceiro ato, porém, os pontos soltos da história são amarrados. O mocinho se dá bem. O vilão é punido. Ainda teremos muita emoção pela frente, mas os gremistas sabem o final desse filme. Sabem que esta produção não terá mais grandes surpresas. É uma história previsível, que já vivemos milhões de vezes. Uma narrativa em três atos, que se encerra apenas com o título. Com a conquista. Com a glória.
Bem o tipo de filme que não cansamos de assistir.
sábado, 4 de outubro de 2008
Douglas Costa vai além do que sonhava
Nem Douglas Costa esperava uma estréia tão positiva. Em seu primeiro jogo com a camisa profissional do Grêmio, o meia de 18 anos comandou a articulação da equipe, deu passes precisos, fez lançamentos qualificados e ainda marcou um gol, o primeiro da equipe tricolor na vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo, de virada, no Olímpico. Ele vivia a expectativa de fazer um bom jogo, mas o resultado final foi além do que ele previa.
- Eu não esperava que fosse sair um gol. Eu queria ir bem na estréia e fiquei muito tranqüilo, mas não esperava o gol - diz o garoto, ainda extremamente tímido nas entrevistas. O jogador disse que recebeu o apoio do elenco nos dias de preparação para a estréia como profissional. - Todo mundo me passou tranqüilidade, me tratou super bem.
Fui bem recebido, e aí fica mais fácil. Na concentração, fiquei no mesmo quarto do Willian Magrão, que sempre disse para eu ficar tranqüilo - diz o jogador. Como Tcheco segue suspenso para o jogo de quarta-feira, contra o Santos, Douglas Costa deve seguir como titular. Souza e Orteman, caso estejam recuperados de lesão, não devem ser ameaça para o jovem talento tricolor, considerado a principal jóia das categorias de base do Grêmio nos últimos anos
SANGUE AZUL 3 x 0 terra vermelha
Consulado Sangue Azul dá show no primeiro jogos entre os consulados e ganha do Consulado Terra Vermelha por 3x0. Segundo informações eles poderiam também mudar para "terra amarelona".
Brasileirão 2008 - 28ª rodada - pré jogo
Vivendo uma semana tensa após a goleada de 4 a 1 sofrida diante do Internacional na última rodada, o treinador Celso Roth criou algumas estratégias para tentar afastar a má fase gremista no Brasileirão. Além de realizar uma série de treinamentos fechados, o treinador implantou o regime de concentração para as duas próximas partidas contra Botafogo e Santos. A intenção do treinador é retomar o foco de sua equipe, buscando a retomada da liderança.
Para o duelo deste sábado, o treinador Celso Roth não poderá contar com importantes peças em seu elenco. Suspensos, os meias Tcheco e Orteman estão fora, mas concentraram-se normalmente com a equipe durante a semana. Um dos prováveis substitutos, o meia Souza, sentiu uma lesão muscular no Gre-Nal e também está fora; a nova opção deve ser o jovem Douglas Costa, de apenas 18 anos, que deve receber a primeira oportunidade no time titular. O outro desfalque está na zaga: também lesionado, Pereira segue em recuperação de lesão muscular e deve ser substituído por Jean, mas William Thiego corre por fora. No ataque, o lesionado Perea deve dar lugar ao uruguaio Richard Morales, que deve fazer sua primeira partida iniciando entre os titulares.
No Botafogo, o clima é de empolgação. Após a vitória de 3 a 1 na quarta-feira diante do América de Cali, a equipe carioca classificou-se para a próxima fase da Copa Sulamericana e vem embalada para o confronto contra os gaúchos. No entanto, a fase no Brasileirão não é das melhores. Na última rodada, o Fogão esteve muito próximo de bater o rival Fluminense, mas deixou a vitória escapar no fim. No entanto, caso vença o Grêmio, a equipe comandada por Ney Franco fica próxima de retornar ao G-4.
Diferentemente do Grêmio, o Botafogo deve ter apenas um desfalque para a partida deste sábado. É o atacante Wellington Paulista, que deve dar lugar ao volante Leandro Guerreiro. Assim, o meia Carlos Alberto deverá ser deslocado para o ataque, formando a dupla de ataque ao lado de Jorge Henrique. Na meia, o volante Diguinho deve ficar encarregado pela armação de jogadas da equipe, ao lado de Lúcio Flávio.
FICHA TÉCNICA
GRÊMIO
Victor; Léo, Réver e Jean (Thiego); Paulo Sérgio, Rafael Carioca, William Magrão, Douglas Costa e Anderson Pico; Marcel e Morales (Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
BOTAFOGO
Castillo; Alessandro, Renato Silva, André Luís e Triguinho; Diguinho, Túlio, Leandro Guerreiro e Lúcio Flávio; Jorge Henrique e Carlos Alberto.
Data: 04/10/2008
Horário: 16 horas
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Héber Roberto Lopes (FIFA-PR)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (SC) e Ivan Carlos Bohn (PR)
Eu tenho olhos
Por Eder Fischer
INOCENTES somos nós, em achar que fácil seria. POBRES COITADOS cantando “O Grêmio vai sair campeão” a cada gol marcado. RÍDICULOS em achar que jogaríamos as três ou quatro últimas rodadas somente para cumprir tabela. Há algum tempo tenho notado um comportamento incomum nas arquibancadas do Olímpico: a torcida peleadora tem sido um pouco carioca demais antes do apito final. O canto de “mesmo não sendo campeão, o sentimento não se termina” perdeu espaço para “Pingos de amor” e “fui numa festa na Geral do Grêmio”. Será que estou exagerando?
Talvez esteja, talvez seja somente eu o INOCENTE em achar que o que escrevo convencerá alguém. Talvez seja somente eu o POBRE COITADO, querendo comentar futebol através de idéias entre vírgulas mal colocadas. Talvez seja somente eu o RIDÍCULO, com a minha neurose em achar que existe uma conspiração contra a liderança do Grêmio. Minto: eu e o Santana. Em um desses programas pós-jogo, Paulo Santana, o autor da frase no cabeçalho desta coluna, fala dos lances que geraram os dois primeiros gols, que mudaram a história do jogo. Ele, mesmo botando qualquer um dos comentaristas de resultados que ali se encontravam no bolso, agüentou sorrisos irônicos de seus colegas de trabalho. Eu tenho olhos, dizia ele, cotovelos sobre a bancada, punhos levantados e seus indicadores apontados para a câmera como duas lanças espartanas. EU TENHO OLHOS!... Eu também tenho, Santana, mas se você, que é o grande Paulo Santana, foi ridicularizado, o que sobra a mim, um quase anônimo?
Como disse o Roth, uma derrota nunca vem sozinha. Junto com ela veio a perda da liderança, mesmo que seja nos critérios, a perda do meio campo INTEIRO e mais uma coisa que ele não disse, mas ponho na minha conta. Neste momento, alguns dos torcedores (a minoria na verdade) que estavam abraçados a mim ou a você, no Olímpico, sendo regidos por lalaia-las da vida, se transformam em nossos piores inimigos. Eles são aqueles a quem não podemos atacar. Eles vestem o traje tricolor, mas por dentro são mais peçonhentos, rasteiros e traiçoeiros do que os próprios vermelhos. Eles estão do nosso lado na arquibancada xingando o Paulo Sérgio, ficam torcendo que o Pico seja flagrado em dia de concentração no ensaio da Imperadores. Em seus íntimos, estavam tristes com a liderança tricolor por não poderem mais despejarem suas iras em Celso Roth.
É chegado o momento. Hoje, não precisaremos de pessoas que torçam pelo Grêmio, precisamos de pessoas que sejam o Grêmio, soldados que vão ao estádio como se vai à guerra. Não falo da guerra como ocorreu nas arquibancadas do estádio José Pinheiro Borda, e sim a guerra do alento inconfundível nas canchas do Brasil, proporcionados por nós, como fazíamos enquanto não éramos lideres. Defendam o Grêmio perante os inimigos, mesmo cobrando o técnico e os jogadores antes ou após o jogo. Mas durante somos irmãos defendendo a mesma pátria. Precisamos, hoje, de gremistas que vão ao estádio pelo prazer da batalha. A vitória, o título? Pouco importa, desde que o time em campo lute bravamente até o final. Se está difícil, melhor. Lembrem-se de quando começamos este campeonato. O que esperávamos?
Então, hoje, amigo tricolor verdadeiro, mas só você que sabe o que realmente é ser Gremista, vá ao estádio, pinte seu rosto com as cores do imortal, vista o manto sagrado, de preferência aquele das três cores, enrole-se em sua bandeira e torça para que o inimigo seja forte, torça para que o juiz seja digno de uma cela no presídio central, torça para que o jogo seja suado, pois é assim que gostamos, uma nova batalha tem início. O final? Pouco importa. Pois o melhor acontecerá durante.
Hoje, eu não serei mais publicitário, você não será mais médico, advogado, marceneiro ou estudante. Hoje, acima de tudo, quem ousar pisar no concreto cru das arquibancadas do Monumental terá que ser, pura e unicamente, gremista.
Gostaria muito de que quando eu estivesse lá, na quina do estádio, junto à melhor torcida do Brasil e do mundo, após o apito final, ao lado de irmãos, guerreiros e gremistas, independentemente do resultado, ao invés do tradicional “o Grêmio vai sair campeão”, cantássemos juntos o hino Rio-grandense. Mostraremos nossas virtudes, pois não basta pra ser campeão ser somente forte, aguerrido e bravo.
Douglas Costa
O que eu devo dizer: Muita calma, ele ainda é um menino estreante, sentirá os primeiros minutos até “ficar à vontade” com a camisa tricolor e estará suscetível a erros. Não devemos perder a paciência.
O que eu acho: Grande jogador. Vai dar conta do recado. O menino jogou em um treino na seleção principal entre as estrelas onde foi destaque e fez um golaço. Mostrou que tem personalidade.
O que eu torço: Mais uma revelação tricolor, vai ser o nome do jogo, após sua estréia vai ser difícil tirá-lo do time.
Curiosidades
Seu uniforme tricolor foi escolhido por estilistas franceses como o mais belo do mundo, em pesquisa realizada em 2005 pela revista Monet, ficando à frente de clubes como Real Madrid e Milan, respectivamente os 2º e 3º colocados na pesquisa.
Durante uma excursão à Europa, em 1961, o Grêmio do lendário técnico Oswaldo Rolla, o “Foguinho”, jogou, entre outros países, na Bulgária. Em homenagem ao Tricolor Gaúcho, um pai deu a uma criança nascida nesta época o nome de Gremina. No Memorial Hermínio Bittencourt, no Estádio Olímpico Monumental, há uma foto de Gremina ainda bebê e uma foto recente.
Possui a maior torcida brasileira fora do eixo RJ-SP, ficando em 5º no geral nacional ao lado do Vasco da Gama, apenas atrás de clubes cariocas e paulistas.
A frase Com o Grêmio onde o Grêmio estiver. foi criada por Salim Nigri, um dos maiores fãs da história do Grêmio, portador de deficiência visual, que é citado constantemente por David Coimbra em seus artigos na seção de esportes do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Em sua casa, guarda uma placa recebida do clube como homenagem pela autoria da famosa frase que foi incorporada ao hino.
O primeiro jogo de futebol realizado pelo Gremio foi em 1903 contra o Fussball Club Porto Alegre, o resultado ainda permanece desconhecido.
Na época em que foi concluido, o Estádio Olímpico era o maior estádio privado do Brasil.
É a 1ª equipe do Sul do Brasil e do Rio Grande do Sul a consquistar um Taça Libertadores da América.
o Grêmio começou a participar da Libertadores em 1982, anos depois de seu rival que já participava em 1976. Mesmo assim no ano seguinte o Grêmio viria a conquistar sua 1ª Libertadores e 12 anos depois a seu 2ª título , enquanto o Internacional ganhou a sua 1ª em 2006.
Está no Guiness Book - O Livro dos Recordes - Jogou três partidas oficiais em um único dia, durante o dia 11 de dezembro - Campeonato Gaúcho de 1994 esses foram os resultados: Grêmio 0×0 Aimore, Grêmio 4×3 Santa Cruz, Grêmio 1×0 Brasil de Pelotas.
O Grêmio é o primeiro clube brasileiro fora do eixo RJ-SP a ser Campeão Mundial.
Um dos melhores jogadores do mundo atualmente, Ronaldinho Gaúcho, torce e originou-se no Grêmio.
O jogador Sisson marcou 14 gols em uma única partida.
Já goleou o seu maior rival Internacional por 10 a 0, em 1909.
A primeira partida de futebol transmitida a cores no Brasil foi Caxias vs. Grêmio, em 1972, durante a Festa da Uva de Caxias do Sul.
O Grêmio é a terceira equipe brasileira que mais participou da Taça Libertadores da América.
Eram gremistas os ex-presidentes brasileiros Getúlio Vargas, Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel.
Já jogou na neve, em Bento Gonçalves, contra o Esportivo.
Foi a primeira equipe de fora do Rio de Janeiro a vencer no Maracanã (Flamengo 1 x 3 Grêmio), em 1950. Marcaram para o Grêmio: Geada, Clorí e Balejo. A partida foi realizada no dia 15 de novembro, aniversário do Flamengo.
Foi a primeira equipe estrangeira a vencer o Boca Juniors na Bombonera (Boca 1 x 4 Grêmio). A partida foi realizada em 25 de fevereiro de 1959, com Gessi marcando os quatro gols gremistas.
Seu estádio é o unico com o anel superior totalmente coberto do sul do país, o Estádio Olímpico Monumental.
O memorial Hermínio Bittencourt, nas dependências do Estádio Olímpico Monumental, é um dos maiores e mais modernos do mundo.
A sua bandeira quadriculada com o brasão no meio, é uma referência a bandeira da Grã-Bretanha, por motivo da ascendência britânica e germânica (em alusão à bandeira do antigo Império Alemão) de seus fundadores.
É o time do coração, de Luís Felipe Scolari, campeão mundial com a Seleção Brasileira, e da Taça Libertadores da América e do Brasil pelo Grêmio.
Em 1965, os torcedores do Internacional colocaram um bode preto com a camisa 9 do Grêmio na arquibancada. Ao ver o animal, o centroavante gremista Alcindo ficou irritado. A vingança veio logo depois: no Gre-Nal, ele marcou um lindo gol aos dois minutos do jogo.
Até os anos 50, o Grêmio nunca havia admitido um jogador negro. Tesourinha, quebrou o preconceito ao sair do Vasco para jogar no Grêmio em 1953.
Scotta, jogador do Grêmio foi o autor do primeiro gol da história do Campeonato Brasileiro, na vitória no Tricolor Gaúcho sobre o Tricolor Paulista em 7 de Agosto de 1971.
Já ganhou de 23 a 0 do Nacional Clube de Porto Alegre, em 1912.
O Grêmio pode não ter vencido mais Gre-nais que seu rival, mas venceu mais títulos sobre o Internacional. Foram 19 contra 16 duelos vencidos pelo Tricolor na disputa de títulos.
Sua camisa tricolor foi a peça esportiva mais vendida no mundo no ano de 1996[6].
Sebastián Saja tornou-se o primeiro goleiro a anotar um gol pelo Grêmio em competições oficiais. O feito ocorreu no dia 3 de novembro de 2007, no jogo entre Grêmio e Figueirense, válido pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio Olímpico Monumental. Antes disso, o goleiro Nélson foi o primeiro goleiro a marcar gol, em uma partida amistosa contra o 24 de Maio, na inauguração do estádio do clube de Itaqui[16].
É o único clube do mundo que não apenas venceu mas como se sagrou campeão com apenas 7 jogadores.
É o 2º clube com mais títulos nacionais do Brasil, ficando junto com Santos e Flamengo com 8, mas perdendo para o Palmeiras que tem 12.
Só Grêmio, Internacional e São Paulo possuem os três títulos internacionais: Recopa Sul-Americana, Taça Libertadores da América e Mundial Interclubes.
Em 2008, o Grêmio aplicou a maior goleada da Copa São Paulo de Futebol Júnior, vencendo o Ypiranga-PE por incríveis 12 a 1.
Recordes
- Maior artilheiro: Alcindo Martha de Freitas, com 264 gols entre 1964 e 1971.
- Jogador que mais atuou no Campeonato Brasileiro: Tarciso, 255 jogos entre 1973 e 1985.
- Maior artilheiro em um campeonato: Rodrigo Fabri, 19 gols em 2002.
- Goleiro que marcou gol em uma partida oficial: Sebastián Saja, 1 gol de penâlti, 1 a 2 contra o - - Figueirense no Campeonato Brasileiro de Futebol 2007.
- Treinador que mais atuou no Campeonato Brasileiro: Luís Felipe Scolari, 105 jogos entre 1987 e 1988, e entre 1993 e 1996.
- Média de Público em Campeonatos Brasileiros no Estádio Olímpico Monumental: 16 mil pessoas.
- Maior goleada do Grêmio: 23 a 0, sobre o Nacional Clube de Porto Alegre.
- Maior goleada sofrida do Grêmio: 0 a 6 Goiás Esporte Clube, no Estádio Serra Dourada, em 9 de julho de 1997.
- Maior goleada na Libertadores (como mandante): 6 a 1 sobre Universidad Los Andes, em 9 de julho de 1984.
- Maior goleada na Libertadores (como visitante): 4 a 0 sobre o Alianza Lima, em 4 de março de 1997.
- Menor público no Estádio Olímpico: 55 pessoas, Juventude 2 a 1 Portuguesa.
- Maior público no Estádio Olímpico: 98.421 pessoas, 0 a 1 contra a Ponte Preta em 26 de Abril de 1981.
- Maior goleada no Mundial Interclubes: 2 a 1 sobre o Hamburgo SV em 1983.
- Maior goleada na Copa Sul-Americana: 2 a 1 sobre o Internacional em 22 de setembro de 2004.
- Maior goleada na Recopa Sul-Americana: 4 a 1 sobre o Independiente em 7 de abril de 1996.
- Maior goleada em Campeonatos Brasileiros: 6 a 0 sobre o Noroeste-SP em 15 de julho de 1978.
Maiores públicos do Grêmio
- Grêmio 0 - 1 Ponte Preta - Campeonato Brasileiro - 98.421, em 26 de Abril de 1981.
- Grêmio 2 - 1 Peñarol - Libertadores da América - 80.000, em 28 de Julho de 1983.
- Grêmio 0 - 0 Flamengo - Campeonato Brasileiro - 74.238, em 21 de Abril de 1982.
- Grêmio 0 - 0 Internacional - Campeonato Brasileiro - 71.621, em 9 de Fevereiro de 1989.
- Grêmio 2 - 1 Sport - Copa do Brasil - 62.807, em 2 de Setembro de 1989.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Souza e Perea desfalcam o Grêmio no jogo contra o Botafogo
Douglas Costa deve começar a partida deste sábado como titular
Do Monumental ao Colossal
Video mais recente e detalhado, produzido pela OAS, com mais imagens e informações sobre a principal arena da América do Sul, com previsão de inicio das obras no ano que vem.
Angustiante. Esta é a definição para estas imagens. Tanto para os Gremistas mais apressados como para os adversários que já projetam o que vai ser jogar numa panela de pressão dessas.
Mais detalhes no hotsite da Arena. Outra fonte interessante de informações e discussões é a Comunidade Grêmio Arena.
Novas Fotos Da Arena
Para conferir as imagens, clique aqui.
Souza ou Douglas Costa seria a única dúvida de Celso Roth
O meia Souza voltou a realizar tratamento nesta quinta-feira para se recuperar de uma lesão no músculo adutor da coxa. O técnico Celso Roth espera pelo jogador para colocá-lo em campo diante Botafogo, já que não conta com Tcheco (suspenso). Caso ele não tenha condições de jogo, o jovem Douglas Costa deve receber a primeira oportunidade no time titular. No estádio Olímpico, alguns dirigentes gostariam de ver o garoto preservado, porém outros apontam para um aproveitamento do jogador em um momento de irregularidade do time no Campeonato Brasileiro.
Time provável do Grêmio: Victor; Léo, Jean e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca, Willian Magrão, Douglas Costa (Souza) e Anderson Pico; Perea e Richard Morales.