Sobrenatural como Marcel sendo eleito o melhor em campo, não pelo papel de centroavante (até perdeu gol na cara), mas pela armação de jogadas. Sobrenatural como um goleiro do tamanho do Victor ter tanto reflexo como demonstrou mais uma vez. Sobrenatural como o trabalho do melhor setor defensivo ser responsável também pelo melhor ataque da competição. Induzindo á insistência em transpor o quase intransponível até provocar a impaciência e o inevitável erro, invertendo também a lógica de que a melhor defesa é o ataque.
Sobrenatural como a preparação física demonstrada pelo time em um campo enorme como o do Mineirão, três dias depois de parecer cansado em um jogo
Sobrenatural como os 72%, que é o recorde de aproveitamento de um clube ao final do primeiro turno na era dos pontos corridos do Brasileirão. “Sobrenatural nada” diria a camisa tricolor se tivesse boca. “Sou assim mesmo, ainda não aprendeu?”.
Meio caminho andado, ainda são 19 jogos para o time manter esta obediência tática e a determinação de um grupo operário. Um turno inteiro para a torcida continuar fazendo a sua parte, dentro e fora de casa, para aí sim gritar “É campeão”, com a mesma naturalidade de sempre.
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