quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Três anos da Batalha dos Aflitos
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Rachão
Sempre ele!
Com cinco minutos de jogo ainda não tínhamos levado gol, o que já era motivo de comemoração, afinal de contas, era para ser uma goleada histórica, um massacre!?!? Antes de fechar dez minutos de bola rolando trocamos de canal (não dava mais pra agüentar): Rede Globo + Caio Rolex comentando = jogo na Band! Com quinze minutos já tínhamos aleijado uns três palmeirenses, inclusive e a começar pelo nosso querido Elder Granja, que teve que enfaixar a cabeça depois de um cotovelaço (involuntário, diga-se de passagem) desferido por Amaral. Aos poucos, o Grêmio ia se arrumando em campo: utilizava bem a linha de impedimento, jogava com dois atacantes, seguia marcando a saída de bola e, quando preciso, baixava o cassete!
Aos 25, Marcel (sempre ele) errou um gol feito e, logo em seguida, Souza soltou um balaço no canto esquerdo de Marcos, que fez grande defesa (ainda no primeiro tempo defenderia outra bola venenosa chutada por Reinaldo). Mas o "Parmêra" continuava em cima, mano! - dando pressão, enquanto a Máquina Mortífera da Azenha encaixava contra-ataques (em tempo: como é bom não ter Perea em campo; ele não está jogando nada desde o confronto contra o Jaciara, em fevereiro, pela Copa do Brasil).
Começa o segundo tempo, e já dava pra notar o nervosismo verde limão: com dez minutos de jogo, a Wandeca (sempre ele, sempre elegante, camisa e gravata cor-de-rosa) já tinha protagonizado o seu décimo oitavo chilique, dirigindo-se a seus jogadores e à arbitragem aos palavrões, tornando público e notório o (baixo) nível da sua educação (ah! que falta faz o Felipão, pra aplicar-lhe umas bolachas). Mas dentro de campo o jogo estava mais calmo e relativamente sob controle; a marcação tricolor era implacável, e Victor, soberano em suas intervenções (sempre ele, sempre soberano - pelo menos uns 12 pontos conquistados no decorrer do campeonato devem ser creditados a este profissional). Aos 28 sai o gol de Tcheco que, vamos ser sinceros, foi sem querer (ele – sempre ele – tentou botar na área e a bola acabou entrando devagar, devagarinho, no cantinho...). Sorte de campeão? Talvez, mas o certo é que o gol saiu na hora certa – na seqüência, André Luis quase fez mais um.
Aí o nervosismo transformou-se em desespero, com o goleiro palmeirense indo conferir todas as bolas de ataque. Era tarde! O Grêmio vencia os porcos num jogo de seis pontos, (mais uma vez) calando a paulicéia desvairada e os derrotistas de plantão (sempre eles) que já tinham jogado a tolha. Mantendo a pegada e o alto astral, a convicção é de que passamos batido pelo Coritiba e vamos brigar até a última rodada, com o foco no tri; a vaga na Libertadores 2009 já está garantida! E isto representa novos contratos e novas contratações, novas possibilidades e expectativas para 2009! As chances são reais; definitivamente, estamos na briga!
É como dizia o poeta: "minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá..."! Pois o Grêmio (sempre ele) foi ao Palestra e cantou muito mais forte, mais alto e mais afinado que o periquito verde! Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra! Canta povo gremista! A hora é essa!
Por isso é que eu canto! Não posso parar! E, no domingo, todos ao Monumental!!!
Saudações tricolores.
Cristiano Zanella
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Lição aos incrédulos
Espero, agora, que estas pessoas tenham mudado de opinião. Espero que a partida de ontem contra o Palmeiras tenham lembrado elas de que estamos falando do Grêmio e nunca – nunca mesmo – se deve anunciar a morte do Tricolor enquanto ele ainda estiver vivo. Os batimentos cardíacos podem estar fracos, pode estar respirando apenas por máquinas, mas, enquanto houver uma possibilidade ínfima de dar a volta por cima, o Grêmio, provavelmente, o fará.
Que continuem dizendo que não dará porque temos um time fraco. Pois eu digo que dará porque, no Grêmio, a técnica sempre vem em segundo lugar. Antes disso, existe a força, a garra e a dedicação. E isso é o que ganha títulos.
Que continuem dizendo que não dará porque Celso Roth nunca ganhou nada. Pois eu digo que dará porque, querendo ou não, o treinador fez um grande trabalho neste campeonato e merece ser recompensado por ter levar uma equipe limitada à possibilidade de uma glória.
Que continuem dizendo que não dará porque o desempenho não é o mesmo do primeiro turno. Pois eu digo que dará porque as grandes conquistas gremistas são, sempre, no último momento, com o coração querendo sair do corpo e os nervos em frangalhos.
Que continuem dizendo que não dará porque tropeçamos em momentos cruciais. Pois eu digo que dará porque todos os candidatos ao título derraparam em partidas importantes e todo mundo continua embolado na briga pelo campeonato.
Que continuem dizendo que não dará porque o São Paulo é o principal adversário do Grêmio. Pois eu digo que dará porque o Grêmio é o principal adversário do São Paulo.
Que o jogo ontem tenha servido de lição aos incrédulos. Que nunca mais duvidem. Ou melhor, duvidem. É assim que Grêmio prefere.
Eles não aprendem
E enquanto não aprenderem estará tudo bem. Quem vê de fora ainda tenta explicar o Grêmio a partir das mesmas premissas e conceitos aplicáveis aos outros. Não importa o técnico, não importam os desfalques, não importam rachas políticos. A essência da imortalidade está na raça incorporada nesta camisa e quando ela entra em campo, acabou a lógica. Esta essência estava ali o tempo todo, como sempre esteve. Era só uma questão de encontrá-la, ou QUERER encontrá-la, esquecida em algum canto do vestiário. Nada de extraordinário, nada de épico nem de espartano nisso.
Pode se dizer que foi simplesmente fruto de estratégias bem pensadas por Roth, num momento dos “altos” que vivem se alternando com os “baixos” na cabeça do Roth, sob as quais o grupo baixou a cabeça e tratou de trabalhar em cima. Um time com tantos desfalques e com pouco entrosamento não jogaria de forma tão mecânica e efetiva de outra forma. Assim como o gol do Tcheco. Essas bolas meio alçadas/meio chutadas deixaram de ser obra do acaso a partir do momento que técnicos e batedores perceberam o pânico que elas se tornam para os goleiros.
Outra teoria para o reencontro da essência está justamente nos desfalques, que deveriam ser um problema e se tornaram uma solução quando seus substitutos trouxeram junto a vontade e indignação que vinha faltando. A vontade do gurizão Heverton, que estreou no time principal com pinta, tamanho e frieza de Rivarola. Pareceu ter achado mais difícil o Cerâmica na quarta pelo Grêmio B. Temos zagueiro para o ano que vem. Jean expostamente contrariado com o eterno limbo de ser a última opção, não fez beiço e tratou de descontar na bola. Foi um monstro como nunca foi, fez o que deveria ser feito até no lance em que foi expulso.
O terceiro fator é, inegavelmente, a putiada dos torcedores na quarta-feira. A não ser que seja coincidência que tenha dado resultado, de novo. Pode ter sido desconfortável, mas nada parecido com o constrangimento que a torcida vinha passando. Tomara que não aconteça de novo, que não seja NECESSÁRIO acontecer de novo.
Seja qual for sua teoria, O Grêmio está vivo e fortalecido. Encomendaram o funeral, beberam o morto, mas esqueceram quem ele era. Pior que não aprendem.
Uma ótima semana novamente.
domingo, 9 de novembro de 2008
É o Imortal, simplismente o Imortal.
É INACREDITÁVEL. Não existe outra palavra para definir o que está acontecendo com o Grêmio, isso tudo é INACREDITAVEL. Eu havia desistido, eu não acreditava mais, eu estava sendo realista, mas quando o Grêmio utiliza da realidade para conquistar algo? Mais uma vez me calou, mais uma vez a imortalidade superou todas as minhas duvidas, mais uma vez o Imortal renasceu.Por mais que todos duvidem, por mais que seja quase impossivel, mas quando o Grêmio entra em campo tudo muda, quando o GRÊMIO veste aquela camisa tricolor, tudo muda, o impossivel vira INACREDITAVEL.Só o Grêmio é capaz de calar, só o Grêmio é capaz de fazer tudo isso, é o Grêmio que até o ultimo instante não desiste, é o coração tricolor palpitando até o ultimo segundo.Estes guerreiros entram na area de batalha para lutar contra os maiores e mais temidos leões e os vence, pois estes leões não conseguem superar o grandioso, o mais temido IMORTAL.Grêmio, o amor que todos sentem por ti, vai além do que se pode imaginar, tudo é tão louco, tudo é tão estranho que às vezes nem eu, mero humano, não consigo acreditar.Grêmio tu és força, tu és raça, tu és o IMORTAL TRICOLOR.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Homens e ratos.
Celso fez milagre com o grupo gremista. Elenco limitado e pressão continua fazem ser uma surpresa a colocação tricolor dentro do Campeonato Brasileiro. Porém, como já disse anteriormente: Roth não é Felipão.
Felipão consegue extrair o máximo de cada jogador. Roth também. Felipão consegue motivar o grupo com seu jeito carrancudo, consegue transpor humildade a aqueles que o seguem. Roth também. Felipão é sujeito simples, de boa índole e que trata as pessoas pelo que são, e não pelo que elas têm. Roth também: sim, Roth e Felipão são parecidos em vários aspectos, mas Roth não tem a estrela de Felipão.
Quando falo de estrela, cito Felipão, mas poderia citar a vários outros. Luxemburgo, por exemplo, que diante do Santos mais uma vez mostrou seu brilho quando pôs Leo Lima em campo e o mesmo deu a vitória ao Palmeiras. É mais fácil o Sargento Garcia prender o Zorro que Celso conseguir algo assim. Lembram a fama de amarelão? Pois é, ele suou pra conseguir, nadou e morreu em várias praias. Pode ele ganhar o Brasileirão que não mudo de opinião: LUGAR DE AMARELÃO NÃO É NA LIBERTADORES.
Falta gaúcho nesse time, é muito jogador de todos os cantos do país. Falta raça, ímpeto e alguém que mostre a esses caras o que é o sangue platino: onde já se viu? Estávamos perdendo o jogo e os jogadores do nosso time caindo dentro de campo, pedindo maca porque tinham tomado pancadinha.
Falta de qualidade se cura com vontade e garra. Ta na hora de tomar vergonha na cara, separar homens de ratos, fracos e fortes. Gremistas e interesseiros. Porque perder ou ganhar é do jogo, mas tirar o pé é pra covarde.
ISSO AQUI É O GRÊMIO, PORRA!
sábado, 1 de novembro de 2008
Acreditar que eles acreditam
O Grêmio nos subtraiu o direito ao realismo por mais evidente que seja a forma que ele se apresente. Insistir no realismo é viver no constante risco de ter a língua queimada em praça pública. Afinal, quantos já pagaram caro pelo menos uma vez pela heresia de ser realista quando questionados se dava para reverter o 3×0 contra o Caxias, se dava para passar da primeira fase da Libertadores 2007, se após o desastre do primeiro semestre escaparíamos do rebaixamento este ano? Só para ficar em exemplos mais recentes e não transformar isso em livro. Também não é necessário citar Aflitos 2005, covardia.
Os jogadores também acreditam, mas por uma questão quase contratual. A grande questão é o QUANTO eles acreditam e o QUANTO eles tem noção do QUANTO que esta crença é importante para os Gremistas fora das paredes do cárcere. Será que em meio à sinuca, videogames, ipods, livros de auto-ajuda ou marias-chuteira online, há tempo para perder o sono ou se preocupar 24 horas por dia com o problema de quem CERTAMENTE estará no Olímpico ano que vem, seja qual for a competição a ser disputada, acreditando sempre, mesmo que da boca para dentro?
Aos jogadores: Esperamos que sim. Ou queremos ACREDITAR que sim. Mais que isso, nesta reta final queremos VER essa crença materializada em atitude, correria, indignação consigo próprio, pressão nos 90 minutos, costas esfoladas de buscar bolas impossíveis, câimbras, nada de fôlego para entrevistas no final e amor à causa (nem estamos pedindo que seja à camisa). Pois nos mostrem, não apenas digam. Afinal foram vocês mesmos que nos fizeram ACREDITAR no impossível que era este título. Agora os outros dizem que o líder não vai chegar, a própria vaga na Libertadores é questionada. Contam com isso torcendo para que vocês NÃO SE LEMBREM que são o Grêmio. Pois isto bastaria para desafiar o difícil, o improvável e até o impossível.
Mas TEM que ser o Grêmio. Lembram dele?
Uma paixão.
O Grêmio tem que jogar no 3-5-2, com Paulo Sérgio na ala direita, e recuperar junto ao esquema que nos fez campeões do primeiro turno, a raça.
Desculpe a brevidade do assunto futebol no momento mais importante e angustiante do campeonato. Hoje, gostaria da ajuda de vocês no assunto paixão.
Nessa. Nenessa, Nenessinha. Era difícil chamá-la pelo nome que estava registrado em sua carteira de identidade, Vanessa Alcides Brasil. Lembro-me da primeira vez que a vi entrar na sala onde trabalhava. Era a última palavra da engenharia do design anatômico: compacta, atraente e funcional. Seus cabelos levemente ondulados desciam suaves e castanhos até alcançarem seus ombros, formavam a moldura perfeita para o seu rosto. Seu rosto, ah... Seu rosto, rosto de boneca. Bochechas redondas e coradas. Delicado e sutil, permitia-se ser redescoberto com uma beleza espantosa a cada ângulo diferente em que era admirado, não era um rosto comum com linhas básicas, do tipo, bonito, mais sem sal. Era expressivo.Tinha muitas linhas e curvas, que no conjunto da obra se encaixavam harmoniosamente, como o Grêmio do Felipão. Não existia um ângulo ruim, uma luz ruim ou uma maquiagem ruim. Apesar de achar um sacrilégio colocar maquiagem naquele rosto. Nenhuma Helena Rubinstein sairia impune ao tentar realçar aquela obra. Não estou exagerando, nada poderia estragar aquela beleza.
Certa vez, ela estava gripada, riamos muito, e uma leve coriza translúcida escorreu de sua narina direita. Em qualquer outra mulher, aquilo seria um ranho, mas nela era como uma gota de orvalho pingando da ponta de um lírio. Logo abaixo de suas sobrancelhas bem desenhadas, estavam dois olhos castanhos que se prolongavam através de cílios negros que quase ultrapassavam a fronteira de seu rosto, separando os olhos, um pequeno nariz pouco arrebitado, logo abaixo do nariz e logo acima do queixo, que era levemente saliente, ficava a estrela do filme, a boca. Que podia dar ordens sem falar; que levaria qualquer homem a loucura em dois segundos, com um simples passar de língua no lábio superior; que implorava com um beicinho. Muitas vezes, me perdi em pensamentos, olhando para ela. O alicerce de tudo isso, o pescoço, que apesar de tamanha responsabilidade, roubava a cena quando o pobre cabelo estava preso.
Por favor, façam este pequeno exercício: ponham as palmas das mãos abertas para frente. Fechem as duas mãos em forma de conchas. Agora afaste os dedos o máximo que puderem tentando não perder o formato de concha. O espaço interno é o volume que os seus seios ocupam. Se Isaac Newton os observasse, a lei da gravidade jamais existiria. A barriga era perfeita. Nela, havia cavas laterais que, juntas, formavam um “V”; arrastando os olhos até abaixo da linha do cós generoso de suas calças, onde supostamente as linhas do “V” se encontravam, coxas torneadas. Os glúteos lembravam um coração de cabeça para baixo. Tudo que qualquer homem precisa em um espaço de 1 metro e 60 centímetros.
Ela atravessou a sala, levando um papel qualquer a sua mão e, junto com ele, os olhares canibais dos homens que ali estavam. As mulheres olhavam-na com um desdém assassino.
No início, desejei-a instantaneamente ao mesmo tempo em que tratei de me convencer de que ela não era para o meu bico: já havia conseguido pegar outras no mesmo nível, mas a fase não era boa, tratei de esquecer. O tempo passou e fomos nos aproximando, nos tornamos amigos. Sabia que ela gostava de mim, não até que ponto, mas gostávamos de conversar no MSN, almoçar juntos e sentarmos após o almoço esperando o horário de começar o trabalho novamente. Ríamos juntos. Se ela fosse homem, seríamos grandes amigos. Mas, graças a Deus, ela não era homem. Muito longe disso. Comecei a experimentar seus limites, sempre com sucesso, até que, semana passada recebemos a notícia da festa da empresa, que vai ser dia sete de dezembro. Dois segundos depois, recebi um e-mail. Era ela: “Tu vai para me fazer Campânia, né?”
Apesar de estar tudo se encaminhando para uma noite inesquecível no dia da festa, tenho medo de me iludir , de acreditar que dá, de dar o campeonato, digo, o caso, como certo, e na hora “H” receber aquela resposta clichê das mulheres. “Desculpa... somos muito amigos para termos algo a mais”. E ao mesmo tempo, sei que, se não acreditar e me entregar de corpo e alma para esta paixão, não conseguirei nada. Que dilema! Por isso, peço a ajuda de vocês: investir, alentar e acreditar é o único jeito de conquistá-la. Pode ser que não dê certo, e a queda junto com a corneta dos colegas por um fracasso no outro dia seria quase insuportável. Por outro lado, e este é o lado seguro, ficarei na minha, esperando e dando como impossível este caso. Se acontecer? Ótimo! Se não? Ao menos ninguém vai poder falar que eu fracassei.
Neste caso, só há uma certeza. Dia sete de dezembro, alguém irá tê-la em seus braços, ela já avisou que gostaria de uma companhia. Se não for eu, alguém vai se dar bem. Faltando pouco tempo para a festa, um tal de Paulo do financeiro, que é um grande concorrente, mas que não apresentava nenhum risco, começou a chegar como quem não quer nada e, quarta-feira passada, quando sai de perto dela por quatorze segundos, lá estava ele, de gracejos para cima da moça.
Tem também um mineirinho, come-quieto, um carioca e outro paulista, rondando aqueles 1,60m de perdição.
Mas já me decidi. Comecei o ano sem expectativas, a conquistei em parte. Fui sempre o primeiro em sua preferência. Não vai ser agora que vou me entregar. Não sei o que vocês fariam, mas eu, amanhã, estarei lá, na quina do estádio, junto a melhor torcida do Brasil e do mundo, investindo de corpo e alma para que tenhamos um final feliz, prefiro me arrepender por me iludir demais do que por não tentar.
O mais engraçado é que, ao meu lado, senta um colega marrento, o Gigante, que, apesar de se vangloriar do apelido, o chamamos ironicamente assim por ele ser baixinho. Assim que viu a Nessa, me disse: “esta aí já ta no papo.”
Andou ganhando uma promoção há dois anos. Ele tem grana, é apresentável, mas se esqueceu que, antes disso, ele era o desconhecido responsável pela manutenção e serviços gerais da empresa. Conseguia alguns simpatizantes, apenas, pela sua humildade (a mim, ele nunca enganou). E agora anda dizendo que é melhor que todo mundo. Resultado: Já tomou nos dedos várias vezes da moça. Com ela, não tem mais chance nenhuma. Mas o cara não baixa a crista. Outro dia, pegando um cafezinho, o ouvi falando que ia pegar uma castelhana de segunda, a Sula, que trabalha no almoxarifado. E não é que ele ainda se vangloriava: “Ta vendo a Sula? Eu vou ser o primeiro da empresa a dar um trato nela.”
Coitado, mal sabe ele que o assistente Júnior da diretoria, o qual apelidamos de Boca, também ta louco pra se dar bem com a moça.