quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Com reservas, mas não menos copeiro.

Era na casa do adversário onde o clima era de festa, não havia entrosamento e o placar acabou se tornando adverso no início do segundo tempo. Dificuldades acima de dificuldades para o time reserva do Grêmio. Um desavisado poderia arriscar todas as fichas em uma eminente goleada do time local. Mas só se não fosse a camisa do Grêmio que estivesse do outro lado. Copeira por si só, indiferente da condição de quem a está vestindo. Com ela, adversidades como as de ontem se tornam gasolina no fogo.

Não foi só o empate e a conseqüente vantagem para o jogo no Olímpico que foi conquistada por Marcelo, Léo, Jean, Thiego, Makelele, Amaral, Rudinei, Souza, Hélder; André Luís, Reinaldo, Adílson e Soares no Beira-Rio. Conquistaram uma dor de cabeça ainda maior para Roth e se credenciam como sombras para o time titular. Afinal, depois de ontem, até que se prove o contrário, a conclusão mais lógica é de que os reservas do Grêmio não perdem em qualidade para os titulares de uma das maiores folhas de pagamento do Brasil.

Marcelo se mostrou um híbrido, não só fisionômico de Victor e Danrlei, era a frieza de um e a catimba do outro. O pré-corneteado Amaral fez dar a impressão que D’Alessandro não conseguiu ser inscrito na competição. Com a saída de Thiego, Amaral deixou, sem prejuízo algum, este trabalhinho para Adílson, que muitos nem lembravam que ainda estava no grupo. Souza se saiu bem na função de distribuidor em um time onde as características de posicionamento de cada companheiro era um mistério.

Pecado não ter entrado aquele voleio do Reinaldo de fora da área e a anulação do gol em um impedimento no mínimo estranho, que estaria sendo chorado até agora se fosse para o outro lado. Foi também uma oportunidade de ouro para Léo reencontrar sua bola de zagueiro experiente de 20 anos que estávamos acostumados. Era um GRE-nal que ele precisava. Único titular do time, reserva na capitania, fez sua parte e marcou seu segundo gol em três clássicos.

Na lista de prioridades, o bom resultado não estava no topo. Veio como uma conseqüência e um prêmio pelos reais objetivos cumpridos com excelência. Além de descansados, os titulares ficaram tranqüilos, no mesmo papel de torcedor, ao ver que estiveram bem representados. Com uma pulga atrás da orelha, é verdade.

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